segunda-feira, 19 de julho de 2010

Green Sea on the Bridge!


Depois da épica experiência que foi a minha participação no raid Alvalade – Porto Covo, e que espero repetir, abraçei as grandes causas humanitárias, e lá fui estoicamente participar no Lisboa Bike Tour! Perdão no agora World Bike Tour de Lisboa, que o fenómeno já é internacional!
Pensei eu (ingénuo), que participar numa passeata com mais 7499 Maneis e Marias, seria tarefa fácil, assim como assim tinha estado numa prova de alguma dureza com 1500 participantes!?
Erro crasso. Começou logo no meeting point, uma fila às 7H30m da madrugada junto à gare do Oriente, para uma prova que começaria às 10H30m. 15minutos para chegar junto do autocarro, e receber um “camelbag” devidamente patrocinado, a medalha de participação, e umas barras energéticas de cereais e morango, que rapidamente se transformariam numa pasta melosa e indiferenciada, colada à prata protectora!
Viagem de autocarro sobre a ponte Vasco da Gama, e “largada” dos furiosos na zona de meta em frente a um grupo de bicicletas em numero idêntico ao dos ocupantes do bus, mas que rapidamente foram “rapinadas”, ou trocadas; ou simplesmente adicionadas a outras semelhantes, mas de decoração diversa que satisfaziam melhor o gosto dos participantes.
Enfim este mar de gente truculenta, que foi ali não pela “causa”, não pela oportunidade única de percorrer a ponte, mas única e exclusivamente para levar uma bicla (quiçá duas) para casa!
Secámos (na acepção literal da palavra) até às 10h30m, pelos VIP’s que tinham as biclas nuns suportes “pipis” todas alinhadas e não ao molho como a restante populaça, que ao contrário destes tiveram de desembolsar 60 érios para estar no evento, e tiveram de escolher bem a bicla para não apanharem nenhuma com pneus furados ou esfoladelas na pintura!
Depois foi dada a partida, e depois…muito depois …começou-se a pedalar; enfim a tentar pedalar, porque, julgo eu alguns dos participantes nem de bicicleta sabiam andar, e foi o calvário com tipos a levarem duas biclas, outros a arrecadarem peças como selins ou rodas; uns que rodavam aleatoriamente em qualquer direcção, e outros que simplesmente não andavam, todos de verde; quais sapos ruidosos perdidos num imenso tabuleiro de alcatrão sobre o rio Tejo.

Só a subida para a zona mais elevada do tabuleiro, abriu brechas na muralha verde, que não estava na sua maioria habituada a tais andanças, e permitiu que o “je” pedalasse a uma velocidade decente, e chegar ao Pavilhão de Portugal quase atrás dos primeiros 1500 gajos que partiram, muito antes de eu começar a dar à “perna”!...
Basicamente o meu passeio começou depois de acabar o meeting, quando saí da Expo em direcção a Linda-a-Velha pela zona ribeirinha, para efectuar a rodagem da potente máquina, com mudanças de punho da magnífica marca coreana Shinmandu…Sempre foram uns belos 30Km’s a juntar aos 12 em para arranca de hora de ponta…