domingo, 27 de dezembro de 2009

Seabra... João Seabra

No dia de São João Evangelista, nasceu o Seabra ... João Seabra, mui digno membro fundador deste nobre clube "Mine Bike Team" que aqui singelamente deixa o seu aplauso de parabéns ao JOTA.
Salamaleques à parte, um grande dia e que passes pelos anos sem que eles passem por tí, e não te esqueças de brindar com a bebida oficial do clube ... M I N E ... o espumante nacional (o melhor, se for bruto como nós) é apenas para estreia de máquinas de duas rodas.
Um abraço de todos...

Já agora... são 38, segundo consta!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O NÚCLEO DE LINDA-A-VELHA

Amanheceu o domingo com um tom pardacento que anunciava chuva a qualquer momento. O vento soprava com alguma força, demonstrando que os vários “alertas amarelos” emitidos para outras tantas zonas do País não tinham sido em vão. Saí o portão da garagem com a desconfiança de que iria ser mais uma “volta” molhada.
Dirigi-me para Algés, meting point há muito predefinido para a maior parte dos raids semanais no Mine Bike Team. Enquanto descia do Alto de Stª. Catarina, avistava o mar encrespado da entrada da barra, com um tom algo indefinido, que se fundia com o céu, qual aguarela “esponjada” em tons de cinza.
Chegado ao Martinez, esse conhecido café da baixa de Algés, que penso ser famoso mais pelas vezes que é alagado no inverno (por se encontrar em leito de cheia), que propriamente pelos seus petiscos, que são em tudo semelhantes aos dos muitos estabelecimentos do género que por aí existem, constatei ser o primeiro a chegar. Mas rapidamente chegou o Manços, na sua bicla camuflada por uma bela película de lama seca do passeio anterior, que agora só com espátula é que a retira…
Logo fui informado que só o núcleo de Linda-a-Velha é que compareceu à chamada, e mesmo assim com a falha de um elemento que tem sérios problemas em sair da cama de manhã cedo.
Lá partimos, e como não existia predefinição para o percurso optámos pelo inesgotável Monsanto, onde conseguimos efectuar percursos diferentes todas as vezes que o abordamos. Desta feita rumámos até aos altos estudos militares, onde contornámos a academia e subimos até ao Restelo pelo bairro supostamente de classe baixa do Restelo (se é que isso existe), onde admirámos a arquitectura extremamente urbana e humanizada da rua das lojas e cafés por onde começámos a trepar até às torres do Restelo.
Aqui fizemos a complicada subida de brutal declive que nos leva até ao mercado do peixe e que o Manços disse (na última vez que por ali andámos) que eu evitava. Pois foi ponto de honra fazê-la (a subida bem entendido) e mostrar que a última vez tinha sido para desfrutar de outras alternativas ao trajecto.
Depois de discutida a hipótese de ficar no Mercado do Peixe para o almoço, seguimos caminho após constatar a “fina espessura das nossas carteiras”, passando junto á residência oficial do presidente da C.M. Lisboa, e atacando em seguida a Avenida Keill do Amaral, espaço pedonal e para velocípedes que liga com o Parque do Alvito, onde descobrimos existir um equipamento para lavagem de bicicletas tipo o Elefante Azul, mas com capacidade para um corcel de cada vez. O Manços ainda pensou parar, mas…como estava a ser utilizado, lá seguiu no meu encalço, rumo às rotundas que ladeiam a ponte sobre a A5, onde se daria o caso do dia.
Sabemos que existem muitos condutores que não sabem circular em estradas com ciclistas, mas efectivamente nunca estamos preparados para as reacções que têm. Ora estávamos a entrar na rotunda vindos do lado do Alvito, o que implica uma curva á direita que demos despreocupados, quando ouvimos um carro buzinar com alguma violência, e que no instante seguinte estava ao lado do Manços – o visado pela sua ira por estar a circular mais ao meio da faixa de rodagem – atirando-lhe o carro para cima para o entalar na berma! Esta demonstração de virilidade primária, que não sabemos se foi provocada pela mera ausência de massa cinzenta, ó porque queria impressionar a namorada que levava ao lado, despertou a solidariedade de mais três ciclistas que circulavam em sentido contrário, que o brindaram com alguns berros, assim como o meu mau feitio, pois parti atrás dele (assim como o Manços depois de readquirir espaço de manobra) a mandá-lo parar para lhe ensinar boas maneiras, eventualmente como se faz aos meninos mal comportados com umas “nalgadas” no “rabiosque”!
Enfadados com a não aplicação do “correctivo”, por mais uma vez o “caramelo” ser muito forte protegido pela sua carripana e empunhando o volante (não é o do Seabra com 56cm), mas largá-la para esgrimir argumentos é que era bom, lá decidimos descer a rua do restaurante panorâmico, em velocidade mais ó menos vertiginosa condicionada pelo tapete de caruma húmida, que transformava o piso em “mantequilha”, para contornar o parque da Serafina, e desafiar a subida até à penitenciária, o que se veio a revelar tarefa fácil muito embora cansativa – o raio da subida é grande como ó…enfim faz-se e ponto final. Depois rumámos até a um miradouro que existe do outro lado da descida para Pina Manique, onde apreciámos um SALTO para um trilho, que segundo o Manços é muito documentado no Youtube. Após hesitarmos descer um trilho sinuoso, estreito e barrento (acho que condicionados pela experiência da semana anterior no Trancão), transpusemos a diferença de cota entre o trilho principal e o mirador por escadas com a bicla pela mão e a pensar que o João Alves a faria montado e eventualmente de suspensão trancada…!
Este trilho foi a descoberta do dia, muito interessante, paralelo ao bairro da Boavista, mas situado a meia encosta, levou-nos a cruzar novamente a descida para Pina Manique, e rumar direitos ao clube de tiro, mas fomos parar a um portão fechado, que nos obrigou a voltar para trás e arrepiar caminho por um trilho estreito que tínhamos visto alguns metros atrás. Aqui foi lamaçal até dizer chega, em descidas complicadas com raízes de árvores e pedregulhos de dimensão considerável, tendo depois aterrado no trilho que nos levaria de volta ao parque de merendas de Pina Manique.
Contornámos a Embaixada do México e, Epa! Epa! Arriba! Andalhe! Lá fomos para a ciclo via mais poluída da Europa, que baptizámos na hora de Ciclo Via CO2, e percorremos em ritmo muito elevado mesmo tendo que contornar alguns separadores de betão que a invadiram após tentativa de alguém querer entrar com o carro na ciclo via.
Chegados ao Bairro da Liberdade (não sei para quem!), e porque tínhamos combinado visitar o Seabra na Memória (também não sei de quem!), que se encontrava estoicamente agarrado ao computador a burilar mais um projecto para ser entregue “ontem”, e deva-se dizer “roidinho” por ter saído de casa às oito da matina com o portátil por parceiro, em vez da sua fiel Rockrider para nos acompanhar no giro, e assim honrarmos o patrocínio.
Optámos por nos fazermos à Avenida de Ceuta para lá chegar, que por si só não é problema, o problema foi passar por baixo do Aqueduto das Águas Livres, e transpor o nó de saída para a Ponte e para a A5, operação algo kamikaze. Depois foi a Junqueira, com aqueles pinos amarelos que não deixam espaço para ultrapassar e punha os condutores a “bufar” atrás de nós, ultrapassando-nos com alguma agressividade onde a faixa era mais larga, já para não falar da gincana das tampas de esgoto e grelhas de drenagem pluvial que coexistem a cotas diferenciadas.
Depois foi a subida da Calçada da Ajuda, a terminar com um passo de bailado do Manços, para se equilibrar na bicicleta e não se estatelar no chão; o encontro com o Seabra na Memória, as Mines e o regresso a Linda-a-Velha via Miraflores, onde a subida para o burgo é longa.
Tudo somado foram 673m de subida acumulada e trinta e poucos quilómetros efectuados, como se pode comprovar em:

http://www.gpsies.com/map.do?fileId=dfclkoczejzgeygh

“Pá” semana há mais! Ou não!...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

[o entulho da semana] eu quero uma fatiota igual

Caríssimos amigos e seguidores:
reúnam-se, organizem-se, cotizem-se, juntem-se no shopping ou seja lá o que conseguirem mas, por favor, ofereçam-me um fato como este no natal!!!!!!

http://www.gamaniak.com/video/3625

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Humberto's Mud Tour



Sou acordado pelo tamborilamento de hidro-meteoritos nas persianas do meu quarto. Tento manter-me em estado adormecido mas o constante sibilar do vento lá fora faz-me voltar na tarimba ficando de fronte para o maldito Sony de cabeceira que ditava 5:15. Assolou-me um pensamento, “quando os despertadores dos restantes Mineistas cumprirem a sua função devo ir receber sms a dar conta de algumas desistências”.
Ás 7:30h lá tocou o grilo. Tínhamos combinado às 8:30h junto ao restaurante mexicano na Praia de Algés. Não havia tempo para preguiças e resisti a olhar lá para fora, não fossem maus pensamentos tomarem conta de mim.
Até ao momento não havia noticias de desistências!
Peguei na trouxa, tirei a bicicleta da garagem, uns pingos de gordura na corrente, carreguei no comando do portão e …

Estavam uns 5ºC, chovia bem e com companhia do vento. O Humberto’s Tour prometia!

Cinco minutos antes da hora marcada lá cheguei à paradisíaca Praia de Algés. Como as condições climatéricas estavam rudes, decidi não parar enquanto esperava pelos restantes loucos. Á hora marcada chegaram os “Joões”, Seabra e Santos respectivamente, o Seabra com a notícia que provavelmente seriamos acompanhados por uma novel Cannondale Caffeine propriedade do profissional João Alves, que, segundo o próprio, se juntaria a nós para início de pré-época.
Arrancámos em direcção a Santa Apolónia onde se juntaria a nós o grande Zé… Zé Julio. Ciclovia fora, desta feita sem plebeus pelo meio que o tempo não estava para passeios, seguimos sem percalços até à primeira barreira. Uma máquina de limpeza da CML na zona das esplanadas da doca de Santo Amaro. O Seabra continua, graças ao seu novo volante tipo guiador de cinquenta e poucos centímetros a coleccionar ultrapassagens. Depois do Mercedão em Sintra, agora a viatura de limpeza de ruas da CML.
Antes da chegada ao Cais do Sodré, eis que se junta a nós o aguardado Julio que entretanto tinha iniciado o percurso em sentido inverso até nos encontrar, pois o dia não estava para paragens alargadas.
Próxima paragem Santa Apolónia, para café e contacto com espécimens locais. Aproveitou-se a paragem para a troca de impressões técnicas sobre as máquinas, onde o João Alves pôde, para pânico do Seabra, comprovar a rigidez do quadro da Rockrider 8.2. Aprovado diga-se de passagem.
Ala que se faz tarde e o caminho faz-se para oriente.

Na companhia do sexto elemento que não mais nos largaria, o vento, avançámos pela Rua de Cintura do Porto de Lisboa que se encontra em obras. A conjugação destes dois elementos começou a quebrar o pelotão, e as mangueiras rígidas que atravessavam um ponto do percurso quase me quebravam a mim, é que na tentativa de transposição das mesmas a minha roda dianteira passou mas a traseira resvalou nas mangueiras molhadas e o apoio mais próximo foi o chão! Ainda se comentava o sucedido com algumas gargalhadas à mistura quando o João Seabra numa demonstração técnica de como se dominava uma bicicleta em piso molhado transpôs habilmente um carril de comboio na diagonal indo parar ao amparo de todas as quedas, o chão, com a ajuda do lancil para não ir mais longe. Estavam abertas as hostilidades e os outros elementos roíam-se de inveja de nós.
Já em terrenos da Parque Expo a avaria do dia. Furo na minha RockRider.
Aqui, vai o meu agradecimento especial para o ausente na Índia, Luis Barata.
Como relatado anteriormente com direito a vídeo e tudo, o Luis tinha furado na descida da Prisão de Caxias. Como pessoa previdente que é, não tinha levado câmara-de-ar suplente, tendo eu cedido a minha para ele não ficar apeado, como manda o espírito velocipédico. Ora na próxima oportunidade o Luis fez questão de me dar uma câmara-de-ar por troca pela que eu lhe tinha cedido. Recusei mas ele insistiu e acabei por aceitar. Ora neste domingo foi a minha vez de furar, mas ia prevenido com a câmara-de-ar que o Luis gentilmente me tinha cedido. Feita a substituição o pneu teimava em não encher. Desmontada novamente e análise feita à câmara-de-ar, apresentava um buraco com cerca de 3mm de diâmetro idêntico ao que tinha visto aquando do furo do Luis. Pois!
Luis, espero sinceramente que na tua viagem à Índia não encontres ursos ou lenhadores, para que a tua vida não dê um filme indiano!
De salientar ainda o pneu da Cannondale que tinha uma “mama” que teimava em crescer, mas o Alves não se importava porque “era capaz de aguentar”!
Problemas técnicos resolvidos, sendo desta vez eu o beneficiário de uma câmara emprestada, seguimos rumo à foz do Trancão.
Decididamente o grupo não estava para brincadeiras, e o João Alves fez questão de o provar no seu início de época mandando um tralho monumental quando repentinamente quis mudar de direcção sobre o pavimento de madeira que corre elevado acima da margem do Tejo. Lesão ligeira com dois ligeiros cortes na perna e cabeçada no chão, dando razão à utilização de capacete. Tudo recomposto e siga para Sacavém.
Aqui abandonávamos o “piso bom” para entrar no verdadeiro BTT.

Salvador Caetano para traz e o piso começava a tornar-se encharcado. Por entre bostas de cavalo e poças de água, lá íamos ziguezagueando, não me parecendo que se conseguisse aumentar a velocidade média, objectivo a que nos propúnhamos. Mais à frente o pavimento tornou-se argiloso e como há muitas horas que chovia, tornara-se gelatinoso. O equilíbrio muito difícil. Não havia grande problema, pois o nosso “sólido” pavimento de 0,80m de largura era ladeado por dois taludes de 2 metros de altura. O da direita terminava, com silvas pelo meio, no Rio Trancão, o da esquerda com as mesmas características botânicas, culminava no que eu deduzo ser um canal de rega com água imprópria para consumo. O barro saltava de todo o lado e para todo o lado. O Seabra num assombro de técnica de condução em condições adversas, chegou à conclusão que se baixasse o selim com 15 anos, conseguiria ter um maior controlo da bicicleta. Todos ficámos elucidados e ninguém o contrariou, mas também ninguém seguiu o conselho. Nesse instante este João recebe um telefonema do outro João, o Santos a dizer que o Julio tinha abandonado a montada e feito “rapel” talude abaixo. Entretanto chega o Julio e conta que o Santos estava a tentar escalar o talude mas que a encosta escorregadia lhe dificultava a tarefa. Resumindo, todos nós fomos à lama várias vezes. A partir daqui ficou decidido que o regresso seria pela margem direita, em piso de asfalto.











Até Santo Antão do Tojal não houve mais percalços e chegámos ao tão ansiado Humberto, que nos brindou com uma calorosa recepção, com já vem sendo hábito. Mine e bifana para todos que os trinta e tal quilómetros já percorridos já se faziam sentir no estômago.



João Alves e Zé Julio aproveitam para se descalçar e tentar aquecer os pés encharcados, recorrendo a sacos de plástico gentilmente cedidos pelo Humberto, que por momentos ficou baralhado com a solução mas logo se lembrou que chegou a pôr plásticos no peito para aquecer quando andava à chuva. Mas o Grande Humberto não só disponibilizou os requisitados plásticos como atirou para a mesa, cinco belos pares de peúgas de cor preta vindos do seu guarda-roupa. Pretas, pois o Humberto não é gajo para usar meia branca com raquetes.







Conta paga e seguimos viagem. Agora com piso à maneira, e umas subidas de primeira categoria pelo interior de Unhos, com a população a admirar-nos de queixo caído junto das portas das belas residências que por ali existem.

O caminho de regresso não tem grande história, a menos que….
Já na Expo junto aos afamados vulcões de água, o João Alves decidiu novamente meter-se com os pavimentos de madeira. Adivinhem quem ganhou?
Claro o pavimento de madeira que ele fez questão de abraçar veementemente.
Agora sim com a teimosa companhia do aliado vento lá fomos palmilhando quilómetros. Despedimo-nos do Julio em Santa Apolónia, do Seabra em Belém, do Alves em Algés, e eu do Santos em Santa Catarina.
E lá chegámos todos a bom porto com o peso da lama às costas, sendo que alguns ainda passaram pelo Elefante Azul para um banho de alta pressão.

Contas feitas, foram 75Kms com uma média aproximada de 20kms/h com diversão à farta.

Espero que tenha sido uma boa pré-época para o João Alves que nos deu o agrado da sua sábia companhia nesta aventura.

http://www.gpsies.com/map.do?fileId=dxfhusazubpxdmoa

Prá semana há mais!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O TRIO DE QUATRO

Mais um tour, e desta vez o prémio da montanha era o mote do weekend!...
A emoção era muita! O Santos (isto de falar na 3ªpessoa é giro), não dormiu em condições, com a expectativa do encontro com o gigante que em tempos idos não conseguiram domar, ainda atormentado pelo ruído da corrente do Manços (já na altura companheiro de lides), a escaqueirar-se após 500m de suave subida…
Adiante! Depois da recolha atempada do nosso “mui” ilustre Presidente (aqui reverenciado em maiúscula e itálico), chegámos à vila património mundial, Sintra de seu nome, que jazia adormecida aos pés do maciço montanhoso que estávamos prestes a desafiar. Quem não dorme certamente é o Seara, que instituiu parques pagos em todo o lado mesmo ao domingo, e quando debatíamos o modo de contornar a questão, surge impaciente o Seabra (não confundir com o outro o Seara), já em “pulgas” na sua bina, que se tivesse motor rugiria certamente em escape livre, referenciando o último reduto em pleno centro da vila onde o parqueamento é à “pala”.
Estávamos a preparar o equipamento em amena cavaqueira quando inexplicavelmente surge o Barata com uma pontualidade que ainda não tínhamos presenciado! Espanto controlado, e lá partimos, não sem primeiro o Santos ser brindado com alguns comentários ao seu belo calção de lycra, usado em homenagem aos ausentes que os usam e que os cobiçam!...
Direitinhos ao centro da vila, cheirámos as magníficas queijadinhas da Sapa, logo a seguir ao edifício da Câmara Municipal, passando muito perto desse magnifico e reverenciado templo de culto que dá pelo nome de Piriquita e fabrica os melhores “travesseiros” de Portugal e arredores, começando logo a trepar em direcção ao Hotel Tivoli em Seteais. Junto a esta unidade hoteleira de FIVE STARS, começou a desenhar-se o cenário que iria ser decorrente durante todo o percurso; três almas “desabridas” lá muito à frente no jogo da “minha é melhor que a tua”, e o Santos na cauda, muito comprida por sinal, em primeiro lugar com problemas mecânicos (isto é o que dá entregar a sua bela máquina ao cuidado de amadores autoproclamados técnicos), e depois a dificuldade em manter o sincronismo entre a sua teimosa vontade e a ausência de colaboração das suas pernas.
Passa-se ao largo de Galamares, em subida interminável rodeada de quintarolas de gente menos mal na vida e uma paisagem de cortar a já pouca ou inexistente respiração do morto vivo do Santos que teimava em combater a nega que as pernas lhe davam em permanência, insultando-o por não ter ficado a ronronar na cama mais umas horas.
Em ponto alto e de vistas magníficas, primeiro ponto de reagrupamento, onde alguns elementos optaram por eliminar líquidos supérfluos, primeiro dos vários reagrupamentos do dia para recuperar o quarto elemento do trio.


Junto ao cruzamento do cabo da Roca, novo reagrupamento e a inesperada visita desse penetra indesejado de vários convívios e farras denominado “Gregório”, que aproveitando a ingestão fora de tempo de uma barra energética Ovomaltine (provavelmente com salmonelas) pelo 4º Elemento (algo baralhado como o Incal, não sabendo se estava em Baixo ou ao Alto), logo o veio cumprimentar.
Recomposto, e visivelmente com melhor aspecto lá deu inicio às hostilidades, e partiu sobranceiro em direcção ao palácio da pena, tendo direito aos seus 500m de glória, único momento do dia em que saboreou o facto de ser a frente do pelotão, para logo ser mais do mesmo, corrente aos saltinhos; mudanças a falhar, e as pernas a mandarem tudo à Me… (intervalo para compromissos comerciais), e lá chegou a mais um cruzamento no meio da serra onde o grupo o esperava para as já populares fotografias de família.


Depois foram algumas descidas desvairadas, e um ou dois cruzamentos à pinha com grupos de viciados do pedal que se encontravam vindos de todo o lado e mais algum. Penso que se levantasse-mos uma pedra o mais provável era encontrar um ciclista em vez dos pachorrentos caracóis.
Junto ao acesso em paralelo para o Palácio da Pena, o Barata, trepador nato, visivelmente preocupado com o Santos (que o estava a atrasar), disse-lhe que podia optar entre sofrer mais um pouco ou descer logo para a vila e esperar calmamente na esplanada pelo trio maravilha! Aqui o Santos (provavelmente já da cor da sua camisola) disse que tinha de subir, pois tinha de honrar o patrocínio.
Foi o cabo dos trabalhos subir aqueles metros intermináveis, com corrente a saltar cãibras violentas (como nunca tinha sentido) ouvindo ainda uns italianos comentar que a subida era “molto difficile”!! quando a bicla já ia pela mão…e chegados ao palácio, o cenário desolador da não existência de quiosque para tomar a tão desejada MINE.
Depois foi a vertiginosa descida até S. Pedro em estrada de paralelo, a comer o fumo de escape de um monumental Mercedes guiado por uma loira, que não sabia que lhe fazer em estrada tão estreita e sinuosa com dois melros de bicla a quererem ultrapassá-la. Só o Seabra e o seu guiador de 560mm, que ele insiste em chamar de volante, conseguiram passar ao lado do Mercedes.
E lá terminou o passeio, regado com a bela mine num café junto à estação, sob o olhar estupefacto de alguns ciclistas muito pró, que ainda desconhecem os benefícios hidratantes da cerveja, e nos apelidam de loucos.



Enfim rebeldes talvez, porque loucos são todos um pouco, manifestam-se é de modo diverso. Assim termino o relato de mais uma aventura do Trio; mas afinal ainda havia outro que sempre chegou ao fim, e mais dois que não compareceram à chamada…







A Imagem do Dia!...

Sintra Romântica

Coming Soon

Aguarda-se com enorme espectativa o eloquente texto do Mineista João Santos.

Entretanto, entretenham-se com o percurso:
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=dryduxecrmitigne

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

[o entulho da semana] A caminho de África

Bosnia - Portugal
hoje, 19.45h - cervejaria "O Horácio" em Linda-a-Velha Os nossos amigos Bosnios hoje levam o balázio final!!



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Percurso Improvável em Lisboa

Desta vez aconteceu aquilo pelo qual eu já vinha a sonhar há muito tempo: o despertador não tocou na madrugada de domingo para o habitual passeio de bina e pude ficar na cama até bem tarde. O pior de tudo é que o despertador tocou no sábado! Lá fomos nós então para o nosso habitual passeio domingueiro no sábado 14, pela manhãzinha!
O meet-point foi no parque de estacionamento de Algés, onde por vezes se reúne um bando de gente estranha a brindar novas bicicletas. Desta vez não havia nada de novo; aliás, aquela hora da manhã não existe ali absolutamente nada!
Presenças confirmadas à partida apenas a minha e a do Quim (por aqui pode-se confirmar a pujança e a capacidade de reunião do MBT). Mas, eis-se-não-quando, o meu telemóvel toca quando eu seguia em direcção ao meet-point a uns estonteantes 28km/h! Atendi o telefone em pleno e estonteante andamento, algo que julgo não ser permitido, e verifiquei que era o Luís Barata que acabara de sair de Telheiras e tinha resolvido juntar-se aos bravos do pelotão! Mais uma vez, éramos uma multidão com os 3 habituais!
A partida para o tour foi feita com alguns minutos de atraso, pois o Quim, que vinha de Linda-a-Velha, resolveu ter um furo na Rockrider dentro da sua própria garagem (esta malta não cuida da limpeza do mato dentro das garagens e depois é o que dá…).
O percurso proposto apresentava-se como curto, simples, rápido e dentro de Lisboa (na vã esperança que mais alguns da pandilha pudessem sair de casa); acabou por não ser curto, nem simples nem rápido mas, em Lisboa. E terá sido porventura um dos mais insólitos que fizemos “derivado” das suas características sócio-geomorfológicas…
Após a subida de aquecimento pelos bairros do Restelo e Ajuda lá rumámos até ao parque do Monsanto para fazer BTT à bruta e para que o Seabra (agora vou falar como o Presidente Cavaco, que fala dele próprio na 3ª pessoa) pudesse experimentar o seu novo guiador “flat” de 560mm.! A verdade é que o parque do Monsanto é uma caixinha de surpresas passando rapidamente de “parque” a “floresta” do Monsanto, com algumas passagens dignas daquilo que se passa ali para os lados de Oslo!
Seabra desce à bruta;
Seabra sobe à parvo:
Mas BTT no Monsanto toda a gente faz; Como estamos sempre insatisfeitos e à procura de sarilhos resolvemos ir tratar dos nossos compromissos obrigatórios com o patrocinador do MBT à Baixa Lisboeta. Descida do topo do Monsanto até ao carismático bairro do Calhau onde daí apanhamos a mais poluída ciclovia da Europa: a da Radial de Benfica! A ligação ao alto do Parque Eduardo VII está finalmente concluída; é um percurso curioso porque passamos nas traseiras de tudo. Começa nas traseiras do Monsanto e vai passar nas traseiras de Campolide, nas traseiras de Sete-Rios, nas traseiras da Av. José Malhoa, nas traseiras da Escola do Júlio, nas traseiras do Palácio da Justiça…até que acedemos ao pigarço do Cutileiro, bem nas traseiras do alto do Parque!
Do Alto do Parque até à Baixa foram 2 minutos e 43 segundos! Sempre acima dos 40km/h, salpicando-se o crono, por vezes, com valores de 55 Km/h…
Houvessem semáforos controlados por radar na Av. Da Liberdade e ficariam todos “fechados”!!
A partir daqui começou a parte insólita do nosso tour. Chegados à praça das esplanadas da Estação do Rossio para a refrescante e hidratante bjeca, verificámos com desagrado que os brasucas que por ali servem não estavam com vontade de fazê-lo...Resultado: há que procurar outro ponto de reabastecimento. Alguém sugeriu o Largo do Carmo. E para se atingir tal largo havia que subir, em contra-mão, a famosa Calçada do Carmo (atenção, não é Rua do Carmo!) até ao Convento. O Quim, que foi o último a atingir esta meta volante, limitou-se a dizer “Fxxx-xx, vocês não querem também subir paredes???” Ali sim, as forças foram restabelecidas, o corpo hidratado e o bom humor reinava enquanto se via e ouvia, através do telemóvel do Luís, aquilo que, actualmente, de melhor se faz em termos musicais no Brasil: Hélio dos Passos e a sua Morena do Rio Turvo.
O MBT partilha convosco: www.youtube.com/watch?v=i_KA3AKojrc
Do Largo do Carmo resolvemos dar um “saltinho” a Campo de Ourique para que o Luís pudesse reclamar pela enésima vez perante os responsáveis da Bike Aventura as falhas mecânicas do desviador da sua GT. E para chegar à BA, foi uma aventura de altíssimo risco pelo meio do ultra-congestionado trânsito lisboeta de sábado de manhã! Bonito foi ver o Luís entrar em contra-mão (novamente) mas desta vez em pleno Largo do Rato!!! A Rua Ferreira Borges, no coração de Campo de Ourique, também não nos deu tréguas; filas compactas de trânsito nos dois sentidos obrigaram o Luís e o Quim a recorrer aos ultra povoados passeios enquanto o Seabra se aventurava pelo meio das filas de carros tirando o máximo partido, está claro, dos escassos 560mm do seu novo guiador! (em segredo, o Seabra pensava: “é desta que vou accionar o seguro da Federação de Cicloturismo quando arrasar com 3 ou 4 retrovisores…). Mas no meio de toda esta aventura, o único incidente registado foi o Seabra ter pisado uma valente bosta de cão quando desmontava da sua montada…Campo de Ourique no seu melhor! Entretanto, a GT do Luís lá era (re)afinada num abrir e fechar de olhos enquanto o Quim se entretinha a mentir descaradamente a uns jovens ciclistas de tenra idade que ali se encontravam num momento de adoração às nossas binas…
Deixando Campo de Ourique para trás, lá nos metemos em direcção ao Casal Ventoso. Optámos por não tomar nenhum drink na zona da Meia-Laranja e lançámo-nos que nem uns loucos pela Rua Maria Pia abaixo em direcção a Alcântara! A partir daí, nada de novo e mais do mesmo: ciclovia até Belém para os aparentemente incivilizados Luís e Seabra. O Quim, aparentemente civilizado, insistiu em ir pela Av. Da Índia num verdadeiro picanço com os pesados TIR carregados de contentores. Por fim, em Algés, esperava-nos um simpático welcome-drink no Palácio do Anjos, reconvertido em galeria de arte pelo grande amigo do Quim, Dr. Isaltino.Estava na hora de regressar às respectivas casas quando, já depois das despedidas, o Seabra verificou que o pneu da frente da sua Rockrider estava, imagine-se, furado!!!! O Seabra lá tratou do assunto em tempo recorde mas tendo sempre presente a chamada de atenção do colega de equipa Quim: “cuidado ao verificares o pneu pelo interior, pois podes ter furado numa seringa durante a passagem pelo Casal Ventoso"
...
Analisardes todos os detalhes geotécnicos aqui:

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Zé’s Birthday Surprise Party 2009.11.07

E a pandilha lá pregou uma surpresa ao Júlio (pelo menos ele diz que foi surpresa….)
Tudo começou, na semana antecedente e de forma sorrateira, com a incansável Vanda a sondar os restantes membros do clã MBT para uma eventual festa surpresa a realizar na auto-proclamada Sede do MBT, na Sobreda. Este espaço é vulgarmente conhecido pela “Costa”.
Assim, a Sede do MBT é na Costa. Poder-se-á dar o caso de os donos da casa não aceitarem esta situação, o que é de todo compreensível.
Mas voltemos à Festa do Ano; a Vandinha não se coibiu de proporcionar ao seu Mais-Que-Tudo-e-Alguma-Coisa um momento inesquecível de confraternização e alegria com a família e amigos! Foi mesmo inesquecível para o Zé (o Júlio na Costa é conhecido por Zé) porque o coitado não pode ver tranquilamente o dérbi minhoto Vitória de Guimarães – Sporting de Braga sentadinho no sofá com um copito de tinto ao lado…
Lá nos reunimos na Taberna Amorim, em Belém, e rumámos para Sul. Foi da responsabilidade dos visitantes o transporte dos doces e bombas do género. Na minha montada foi-me incumbido o transporte dos 2 melhores bolos de chocolate do mundo, gentilmente disponibilizados pelo Luís Barata! Grande operação de charme, camarada!!!
Desta forma o Zé teve que fazer de “anfitrião” e aturar uma dúzia de elementos exteriores à casa. Pior sorte tiveram os donos da casa, Armindo e Teresa, que tiveram que aturar 18 elementos exteriores à casa. Ah, e lembrei-me agora do Atrevido, o velho cão, que teve que levar pontapés involuntários de 20 pessoas…
Apesar do caos instalado pela Vanda (recorde-se q a festa original seria para 5 ou 6 pessoas…) a festa lá acabou por correr de forma excepcional, bem divertida, alegre (menos para o Atrevido, o velho cão) e carregada dos sobejamente conhecidos pitéus preparados pelos não menos incansáveis Teresa e Armindo. Sim, porque o Zé não “fez um boi” para além de mandar as “bocas” do costume à suposta desorganização logística reinante na Party e justificando-se que não estava em casa dele…
Podia agora ficar aqui por uns longos momentos a descrever todo o cuidado e carinho na preparação e recepção ao grupo de alarves famintos que de repente apareceu na Costa. Não o vou fazer porque fico logo com uma vontade enorme de repetir a dose já no próximo fim-de-semana. No entanto, não posso deixar passar em falta uma nota de referência à excepcional qualidade dos chouriços que a família Correia sempre disponibiliza neste tipo de eventos sociais!!!!
Outra nota digna de registo (se o houvesse) seria o que se terá passado no sótão da casa, povoado na altura por um incomensurável bando de crianças atrevidas e malandrecas, e que obrigaram a uma dura intervenção por parte do Zé! “Vocês estão na minha casa!! Ou se portam bem ou vai tudo para a rua!!!”. Foi assim, de forma simpática e com o dedo indicador a apontar para a escada de saída, que o Zé pôs cobro ao alegado motim que por ali acontecia.
Curiosamente, naquele momento a casa era do Zé! Ora reparem: “Vocês estão na minha casa!!”
Mas chega de palavras; Foi mais uma super festa do caraças e mai nada!!!!!
Zé, estás de parabéns: por teres conseguido chegar aos 39 ainda com alguma lucidez; pela família que tens e, claro está, pela corja de bandidos que consegues reunir à tua volta!!!!!
Tens 359 dias para preparar a festa dos 40!
UM BRINDE ao ZÉ!!!!!!!!


Aqui ficam algumas imagens do momento social do ano.....
Qualquer semelhança com aquilo que Miguel Angelo pintou no tecto da Capela Sistina é pura coincidência......


Aqui, o Armindo acompanhado por gente de fora.....


...a tropa feminina part#1


...a tropa feminina part#2


o Augusto Inácio em conversa com o Armindo e Luís. O gajo em transe lá atrás é o Pedro, o irmão do Zé, que tem tem uma Specialized daquelas carotas e que conta já com cerca de 12 km...


NO COMMENTS


...e aqui algumas das estrelas da festa: O Atrevido observa(???) o Armindo e uma Specialized. Por trás, vemos o Pedro, que continua em transe, e a sua bina (a de 11 polegadas)



......e já agora, o que é que o Armindo estará a dizer para fazer com que o Quim já transpire?????

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Introdução ao mau tempo

Conforme delineado, às nove da matina de um domingo que não prometia ser muito soalheiro, lá seguimos nós para a Volta da Pólvora.
Os três Mineistas que se atreveram a cedo levantar os ossos da cama num domingo chuvoso e fresco, depois do café da praxe, lá seguiram.
Os primeiros quilómetros, de aquecimento, com passagem do faltoso Fernando que ainda rolava na cama em sonhos com os calções do Júlio, que também se baldou, trocando a bicicleta pela prancha de surf (?!?!?!).
Downhill para o Estádio Nacional onde o terreno fofo prometia fatos sujos no final da volta.
No percurso pela Marginal, entre Caxias e Paço D’arcos, provámos a primeira chuva do dia, que caía abundantemente dando utilidade aos nossos garbosos impermeáveis.
A primeira dificuldade apareceu na subida de Paço D’arcos para o Parque dos Poetas, onde comecei a ver os dois coletes amarelos, João Seabra e Luis Barata, a afastarem-se de mim.
Seguiu-se a já famosa subida do “Expresso”, com as posições no pelotão a manterem-se, Luis, João e eu.
Depois de um corta mato, e já numa zona de moradias “modernas” deu-se um despique peculiar. O Luis decidiu escorraçar um residente canino, desmontando da bicicleta e latindo em direcção ao bicho que não teve outra hipótese se não pôr-se em marcha acelerada sem nunca perder de vista o acicatador. Claro que a maior parte deste episódio me foi contado. Eu continuava na minha pedalada Zen “curtindo” a paisagem.
Atingida a Fábrica da Pólvora estava na hora do refresco que dá nome à equipa.
Na subida para a “bela” estação de Tercena a chuvada do dia abateu-se sobre a equipa.
Desapontamento.

O nosso poiso já habitual o Miss Coffee estava fechado. Siga a marcha até o próxima estação de abastecimento. Numa linda avenida com os passeios inundados de formosas marquises que davam forma a esplanadas, que não o eram de ser por ser cobertas, um belo conceito, parámos para intervalo.
Um espaço agradável, onde aquela hora da manhã de domingo também se praticava desporto. Um grupo de jovens de setenta anos disputava uma aguerrida partida de dominó. Pedimos as Mines e a taberneira desapareceu por detrás do balcão, onde passados dois minutos reaparece com três garrafas geladinhas na mão.
Siga a dança!
Daí até Carnaxide nada a assinalar, a não ser o meu momento de glória do dia, 52,7km/h a descer para a ponte sobre o Jamor, que o piso molhado não estava para brincadeiras.
A longa subida a Queijas foi durinha como costume, não se invertendo a ordem do pelotão, demonstrando o grande trepador Luis que não está para brincadeiras.
Nova descida para Caxias, e a curta mas íngreme subida da Penitenciária. Devo dizer que foi a vez que menos me custou faze-la. Não sei se por estar em melhor forma ou por não estar calor, mas que foi mais fácil, foi…


Segue-se a descida da Prisão para o Estádio, por terra batida com uma vista esplêndida. Descida dada a grandes velocidades onde a adrenalina sobe. No fim da descida o contratempo do dia. O Luis tinha furado. Analisado o sucedido, tratava-se de um prego com aproximadamente um palmo. Ficou demonstrado que a destreza do Luis não se verificava apenas nas subidas difíceis, revelando-se também um exímio substituidor de câmaras-de-ar. Só não percebo como foi possível não ter visto tamanho prego?!


Percurso de manutenção do Estádio Nacional.
Toca a rolar encosta a baixo até à Praça da Maratona. Ideia peregrina, atravessar os terrenos do Estádio pela antiga pista do prólogo do Raly de Portugal. Pois, está em obras e vai-se tornar num verdejante campo de golfe. Por enquanto é um belo pântano muito agradável para atravessar de bicicleta. Depressa vimos os pneus das nossas bicicletas adquirirem o dobro do tamanho e tornarem-se castanhos. Não aumentavam mais de tamanho porque o excedente de lama ficava preso no quadro e garfo das máquinas. As mudanças saltavam, sem percebermos porquê olhamos para os desviadores e eles encontravam-se cobertos de lama grossa, o que inviabilizava qualquer fiabilidade do sistema.



Chegados à minha garagem onde daríamos uma mangueirada às máquinas para lhes devolver a dignidade, fomos recebidos pelo meu simpático vizinho do quarto frente.
Como habitual brindou-nos com as suas tiradas do tipo “não me salpiquem o portão!”, ao que o Luis respondeu com um belo “não se fala mais nisso”.

Enfim, a água dominou este passeio!

Ao que consta o João ainda subiu ao heliporto do Chico Xavier a caminho de casa!


http://www.gpsies.com/map.do?fileId=fcqorzdzwakmlmvt

sábado, 7 de novembro de 2009

Born in 1970!!

Mundo global,
O MBT está também hoje de Parabéns pois um dos membros fundadores completa hoje 39 anitos (segundo o gajo)!!!
Nem mais; o grande Júlio faz anos!!!!
Júlio, estás em parte incerta, não queres saber da malta mas a pandilha envia-te um grande abraço!!!!!
Vê lá se quando fizeres 40 anitos dizes qualquer coisita.......no mínimo, uma minezita paga por ti a chaqun não te ficava nada mal.......

hugs & cheers by all the team!

Fundamento cientifico do Mine Bike Team

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Notícias da Semana (leia-se “O Entulho da Semana”)

Week #01

Caríssimos confrades, camaradas, sócios, amigos e afins,

Enquanto se completa o acontecimento passado e se prepara o tour suivant, dou início a uma nova rubrica aqui no canal, intitulada o Entulho da Semana. Infelizmente, o número de dias de despejo de entulho na beira da estrada durante a semana resume-se a 5 ou 6. Sei, à partida, que é manifestamente insuficiente perante a quantidade de entulho que começamos a guardar logo a seguir ao programa do Rui Santos aos domingos à noite (já agora, toca a assinar a Petição do gajo que anda por aí na net, pela Verdade Desportiva).
Façamos um esforço e libertemos as beiras da estrada; descarreguemos aqui a caminéte!!!

E para começar aqui vai:
Para que fique atestado de uma vez por todas o profissionalismo da comunidade MBT, deixo aqui dois registos,encontrados no meu arquivo histórico e que, demonstram sem qualquer margem de dúvida, a preparação e apetência de alguns elementos da pandilha para os desportos de altíssima competição!!!

Reparem bem nesta foto, sacada algures no ano de 1994……
O sexteto maravilha está lá todinho!!!




No ano seguinte, em 1995, o Seabra e o Júlio já tinham o carro artilhado para os grandes desafios a 2 rodas. Peço a vossa atenção (se é q é necessário) para a qualidade cromática dos suportes de bicicleta adquiridos no Continente da Amadora (hoje, pomposamente, Continente de Alfragide) e que terão custado qualquer coisa como 2.100$00 (escudos)……
Era massa na altura



edição da 1ª foto: obviamente, Ana Martins

O Cogumelo Venenoso da Lezíria


Então cá vai a minha contribuição para a posteridade...

Este foi o cenário que se montou no dito posto de reabastecimento, após o prémio de montanha de Santarém.

De resto estava a a achar estranho não aparecer nenhum elogio literário a este esmerado exercício narrativo (até chegar o camarada J Santos), e particularmente preciso até aos derradeiros 500 m da prova; Parece que não ficou bem entendido que estes foram feitos de Volkswagen.

Até podemos n ter grande futuro como bttistas, ou futuro ponto, mas começamos a reunir material literário de suficiente qualidade duvidosa que daria para escrever um daqueles livros tipo btt para tótós, escritos especialmente para lobotomizados, e que se oferecem em natais e aniversários, sempre com um segundo sentido. E às vezes terceiro...


e eu q até tinha começado as hostilidades, mas depois que vi a qualidade atrás patenteda, e desisti. De qualquer forma, segue o prólogo, mais em jeito de achas para a fogueira :)

Foi com alguma polémica que teve inicio a preparação deste réptil, com a sugestão de que esta incursão pela Lezíria ribatejana, se trataria de uma prova de "gajas", situação com que me vejo obrigado a concordar em absoluto uma vez que, segundo certas e determinadas línguas, terão sido as respectivas a exercer o poder de veto que terá impedido a participação de 2 dos membros desta instituída pandilha. As características geomorfológicas do terreno, bem como a extensão (60km) e o ritmo (20,5 km/h) não foram propícias ao descanso. O Fernando que o diga.

e disse

texto: Luís Brt
edição: JSeabra
fotografia: Luís Pires

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

2009-10-31 - Lezíria Ribatejana


Escreve-vos hoje um novo cronista (leia-se “suplente” da equipa que só aparece quando a variação de altimetria do percurso não excede os 42 cm) e que não resiste a fazê-la na primeira pessoa, ou seja na única mesmo, pois os restantes elementos da equipa raramente os viu.
Lançado o réptil pelo Luís Pires para uma volta na Lezíria logo pensei: “Aí está a oportunidade ideal para tentar conseguir um lugar na equipa principal”. Perfil plano apesar da subida às Portas do Sol, algum asfalto e percurso em estradão de terra batida em bom estado.

Ultrapassada a dificuldade inicial de levantar às 7h da matina, às 8h e 05m lá estava à porta do Seabra para o café inicial e pouco depois com as montadas de duas rodas nas montadas de quatro rodas lá rumámos a Telheiras para reunir com o resto da equipa. Aqui a visão à chegada era a do Júlio a atravessar a estrada repetidamente, o que pensei tratar-se de uma demonstração de elegância conseguida à conta dos seus novos e já célebres calções profissionais. Mas não, pretendia apenas que o Luís abrisse o portão para estacionar o Punto…
Uma passagem pelos Olivais para recolher o mentor da prova, e por volta das 9h40m lá estacionávamos no cais da bela localidade de Valada (sim, essa mesmo que graças aos últimos Invernos secos anda um pouco esquecida, a par com Reguengo do Alviela) que esperava ansiosamente a nossa chegada. Penso que era mais para ver os calções do Júlio… Constituição da equipa à partida, duas Rockrider, uma Specialized, uma Scott e uma GT.
E é aqui que o Júlio dá o primeiro sinal do que viria a ser uma constante ao longo da manhã; arranca desalmadamente na frente para dar início à prova. Tal deve-se, segundo o Luís, a estar com “fogo no rabo”, eu penso que estava acometido de uma síndrome JJ (leia-se Jorge Jesus) e queira arrasar-nos. Estudando melhor a coisa, seria talvez para fazer notar os seus novos calções…
Primeiras centenas de metros percorridas e desenhava-se o quadro que mais se repetiria, o Júlio sempre nos lugares da frente e eu sempre na rectaguarda desenvolvendo um trabalho importantíssimo para a equipa e sem ser valorizado; o de lhe proporcionar momentos de descanso sempre importantíssimos ao mesmo tempo que lutava ferozmente para fazer baixar a média horária da equipa para que esta se tornasse mais verosímil… É importante referir aqui as dificuldades técnicas em afinar a altura do meu selim ao mesmo tempo que este teimava em descer.



Resolvida a primeira parte dessa questão, pude enfim observar sempre atentamente a paisagem rural/agrícola que nos acompanhava.
Entravamos agora em estrada de asfalto e nova animação - sim, agora eu estava reunido com o resto da equipa - com o Luís Barata em amena cavaqueira com uns canídeos que nos acompanhavam. Santarém aproximava-se perigosamente, ou seja, as subidas também.




Os trepadores lá desaparecem enquanto eu pude contar com a ajuda da minha única lebre, o Luís Pires que numa atitude plena de colectivo me levou até perto do primeiro lugar de abastecimento já na cidade do moita… perdão… de Santarém. Apenas uma paragem a meio da subida quando uma local me viu aproximar, tossiu e gritou: “Lá vem o gripe!!”. Escangalhei-me todo e tive de parar ao pé do seu marido que assava umas febras no meio de televisões, rádios, motorizadas e um montão de não-sei-o-quê…


Chegado ao local de reabastecimento já a equipa se deleitava no exterior de um estabelecimento que interiormente era completamente forrado a azulejo branco, superiormente combinado com mobiliário de cozinha. Fomos muito bem recebidos. Esperavam-nos bolinhos secos feitos pelos frequentadores do local e gentilmente oferecidos em nome do dia de Todos-os-Santos, e segundo os próprios “se não quiserem, vocês é que perdem…”. Mas os compromissos publicitários são para cumprir e tivemos de fazer a nossa parte do contrato de patrocínio. E esvaziámos umas mines… Aqui fomos alertados por um freguês para uma hipotética incompatibilidade entre a prática deste desporto e os referidos compromissos publicitários.


Energias repostas e passeio pela cidade de Santarém a caminho das Portas do Sol para o final da primeira etapa. Tempo ainda para uma visita à nossa amiga Sara que, bem-disposta como sempre, nos recebeu muito bem.


Primeiro a chegar às Portas do Sol fui eu!! Sim, escrevam o que quiserem mas o primeiro fui eu!! Por alí eram controladas médias, tempos, velocidades, declives, mapas, etc… enquanto eu tentava perceber o que é pedalar numa montada com menos 3 ou 4 kg que a minha. Mas como tive oportunidade de referir “não é por aí…”


Início da segunda etapa e descida vertiginosa a caminho da ponte sobre o Rio Tejo. Qual kamikazes desapareceram todos à minha frente e do Luís Pires, tendo reunido toda a gente a seguir à ponte e antes de entrarmos lezíria adentro. Aqui pude constatar que a qualidade do meu selim começava já a deixar marcas dolorosas, talvez por estar posicionado demasiado alto. O que eram estradões de terra para somar quilómetros, começaram a ser suplícios com covas, valas e depressões constantes, que impediam que pedalasse mais depressa ao mesmo tempo que provocavam dores em zonas onde não convém… Chegado a mais um reagrupamento (ou seja, onde a equipa me espera) pude verificar que tal se devia ao nível incorrecto do selim. O que parecia demasiado técnico quando referido pelo João Papa Alves tornava-se aqui de extrema importância (h x 0,886 = distância do centro da pedaleira ao topo do Selim, em que h = distância do chão à base dos tins-tins)(*) . Selim nivelado e siga estrada fora, tal qual o hino do “nosso” Clemente…
Mais uma etapa a solo, quando dou com a equipa desmontada, num local estranho e com o mapa na mão. Humm, mau… Algo se passa aqui. Nem mais, a ponte que deveríamos atravessar ruiu…


Notícia animadora para quem já vinha em sofrimento… Única solução, voltar para trás e atravessar o rio na ponte anterior… onde tínhamos estado parados. Isto implicou uns míseros 10 km adicionais….. e nenhuma desilusão se notava na face dos outros elementos da equipa que alegremente voltaram para trás, enquanto que para mim psicologicamente isto era arrasador. Voltar para trás quando o contador já contabilizava mais de 40 kms… Bem, mas com umas barras energéticas emprestadas lá consegui voltar. Passamos a ponte e pude vislumbrar aquilo que para mim foi um revigorante: asfalto!! E assim lá galgámos mais uns quilómetros passando por essa bela terra que é Benfica do Ribatejo (confirmem) a ritmo para mim bem mais elevado e que deu para elevar um pouco mais a moral já bastante danificada. Reagrupados e com a equipa a empurrar-me verifiquei que o Júlio continuava com o “fogo-no-rabo” e marcava o ritmo. Sem dúvida que a Specialized veio revelar um outro BTTista. Ou será dos calções?!

Tudo corria (razoavelmente) bem, até porque a prova se aproximava do fim (ou do almoço), quando chego à ponte Rainha D. Amélia. Para quem não sabe, foi projectada por Eiffel inicialmente para tráfego ferroviário, e foi durante muito tempo a ponte rodoviária de via única com o tabuleiro mais extenso, cerca de 800 metros. Aqui, parado e já sem avistar a equipa, verifiquei que só tinha duas opções para atravessar a ponte; ou cumpria a lei e pedalava pelo estreito corredor sendo a queda mais que certa, ou esperava por uma aberta e tentava passar pela faixa de rodagem rezando para que não aparecesse nenhum carro da GNR. “Como terão feito eles?” perguntava-me… Optei por uma terceira alternativa, pelo corredor, desmontado. Do outro lado esperava-me o João, os outros seguiram para procurar poiso para o almoço já tardio e receber a família do Júlio que já nos devia aguardar…
“A Valada é já ali” dizia-me o João como se pudesse animar a minha mais que esgotada alma.
Um final dramático a 500m da meta, com um quase desfalecimento por falta de comida, bebida, animo… Mas ainda assim, recebido no final com uma ovação após 59 kms de prova, sangue, suor e lágrimas.
No final, valeram as enormes bifanas (daquelas que se vão fazendo durante a semana, segundo o Barata) num excelente pão. Ah!!... E os calções do Júlio…
É verdade, já repararam que não se falou no Quim Manços???? Pois é, o mentor do nosso blogo-projecto teve falta!!! …mas a falta foi mais do que justificada; o Manços passou o dia no país das maravilhas a comemorar o 5º aniversário da filha Alice!!!
Parabéns Alice!!!!!!!!!!


(*) ver comentário #4


Texto: Fernando Palma
edit: Jseabra

2009-07-11 Autódromo - Peninha - Autódromo

Enquanto não chegam noticias da Lezíria à redacção....



Sem a loucura que é o homem?

Louco, sim, louco porque quis grandeza
Qual a sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou o meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernando Pessoa in “Mensagem”



Pois é!
E a loucura deste fim-de-semana, para três maduros foi um belo passeio pela Serra de Sintra e Abano/Guincho.


Coisa leve, 3h:58m a pedalar (paragem não conta), num total de 46Kms, média de 11,7Km/h, com uma velocidade máxima de 54,8Km/h (descida na estrada do Cabo da Roca).
De salientar ainda que 80% do percurso foi feito por trilhos florestais e “singletracks” muitos com 50 a 100% de inclinação, quer a subir quer a descer, como as fotos documentam.

Lá vai o Luis

o João

e eu


Mas o momento de Glória e Orgulho foi a conquista dos 487m (quatrocentos e oitenta e sete metros) da Peninha.

o João a confirmar a altitude

o João e o Luis em pose

eu e o Luis

o Luis, o Santuário e os burros ao fundo.



Só para acabar com as estatísticas, e atestar a dureza do percurso, todos nós fomos ao chão.
Eu quando a roda da frente ficou presa entre duas rochas e a bike insistiu em fazer 360º sobre mim levando-me ao chão.
O Luis quando calculou mal um gancho numa descida acentuada em terra e calhaus e com valas cavadas pela água, epílogo – chão.

O João, bem o João foi o vencedor neste capitulo. Depois de ter experimentado logo no início um SPA numa poça de lama, tentou o tratamento por plantas do bosque. No fim duma descida entrou directamente numa plantação de silvas, descoberta que o Luis agradeceu pois as amoras estavam óptimas e foi difícil arrancá-lo daquele local.Os estragos são os que se vêem.


Bem agora teremos de encontrar outro desafio à altura…