domingo, 26 de junho de 2011

Seis, noves fora ... Um


6:50h Cheguei ao ponto de partida da prova organizada pela FPCUB, que tinha como objectivo aproveitar a abertura da Ponte Vasco da Gama a bicicletas devido ao World Bike Tour. Como é óbvio o World Bike Tour é para verdinhos que se propõe a fazer meia Ponte Vasco da Gama e onde o que atrapalha é mesmo a bicicleta (basta ver as reportagens que estão a passar nos telejornais).
Como seria de esperar, no passeio da Federação os atletas não se misturariam com os domingueiros verdes. Para que desse tempo de "limpar" a Ponte a partida deste passeio deu-se onde seria o ponto de chegada, a Foz do Rio Trancão.


Claro que para chegar a Alcochete teríamos de percorrer 65Kms dos 80 previstos.
Comecei a assustar-me quando vi que dos quatrocentos e muitos participantes, apenas 10 a 15% montavam bicicletas BTT como a minha... como a minha na forma porque na maioria eram máquinas para pesar menos meia dúzia de quilos e mais umas centenas de Euros. Como se não bastasse um grupo de Valejas, em bicicletas de estrada de gama média-alta dizia que no ano anterior o andamento tinha sido muito elevado!
Comecei a pensar que quando chegasse a Vila Franca de Xira faria inversão de marcha, pois não chegaria a tempo de atravessar a Ponte.


8:15h Partida
Só de pensar que podia ter dormido mais uma hora, pensei que a partida era às 7:30.
Arranque em bom ritmo, sempre com as BMW's e a Sharan da GNR, o Smart prateado da Organização entre os 25 e os 30Kms/h.
Passagem da primeira ponte, a de Vila Franca de Xira. Daí até ao Porto Alto sempre a abrir, onde se atingiu pela primeira vez os 40Kms/h. E as nuvens continuavam a proteger este bando de riders do calor anunciado.


Do Porto Alto até aproximadamente à entrada do Campo de Tiro, foi sempre a rolar em muito bom ritmo nunca abaixo dos 30kms/h, e ao contrário dos meus receios nunca descolei do grupo da frente que por sua vez ia colado ao tampão prateado e à Sharam com pirilampos.
A partir daí foi a parte chata. Não pela paisagem que era fantástica com as lezírias e os touros bravos pretos a passear calmamente. Calmamente, mesmo muito calmamente circulámos nós a partir desse ponto. Segundo informações do GNR motard o pelotão já se estendia por 5 kms, e como ele dizia não podiam "deixar ciclistas espalhados pelo país inteiro". A partir desse momento e até Alcochete rolou-se entediantemente a 15Kms/h.
Chegados a Alcochete coloquei pela primeira vez os sapatos no chão, 60,5 Kms depois da partida.
Aqui nos mantivemos cerca de 30 minutos para comer as maças e a água distribuídas pela organização e aguardar luz verde para avançar para a Ponte.


A travessia da Ponte é fantástica com alguma dureza devido ao vento e aos insectos aos milhares que nos obrigam a fechar a boca se quisermos evitar nutrição extra. Aqui bateram-se recordes de velocidade, e pasmem na parte plana do tabuleiro, cerca de 45Kms/h. Na descida e devido ao vento não se passava dos trinta e poucos.

12:20h Chegada

Bela experiência esta de hoje.
Para o próximo ano voltarei a participar mas parto de casa de bicicleta!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Milk Bike Team

Como os tempos são de crise, e o Mine Bike Team defende a verdadeira alma lusa e não se isenta dos pesares da actualidade social, tem sentido na pele as ausências (vulgo baldas)dos seus atletas.

Todas elas bem atestadas, como o caso mais recente do nosso grande atleta Fernando Palma que vive esse turbilhão de emoções causado pela paternidade do candidato a bebé do ano Diogo Miguel. Em nome do Mine Bike Team os parabéns e votos de felicidades ao rebento e aos pais.
Mantemos também a esperança que a RR 5.2 não oxide até o Diogo "calçar" roda 26"!

Entretanto, e precavendo o futuro, demos hoje início à nossa Academia Junior que se chamará doravante "MILK BIKE TEAM".



A estreia tem como primeiro membro Gonçalo Santos, filho do atleta fundador João Santos, que em termos de perseverança (leia-se teimosia) e força (orgulho) em nada fica a dever ao pai.
Na sua RR de roda 20" e "caixa de velocidades" minimalista aguentou-se em grande estilo às agruras do percurso de estreia, tendo inclusivamente apresentado queixas de que um velho que rolava mais lento não o deixava passar... tal pai tal filho!

Continuaremos a trabalhar para a sucessão das carcaças quarentonas que teimam a envergar o jersey verde.

Uma grande vénia ao Gonçalo que completou os vinte e tal quilómetros com valentia.