Pois é camaradas, o MBT não podia deixar passar em branco a conjetura económica e sociopolítica que o País atravessa, e num ato de solidariedade para com as mais diversas entidades anónimas que têm promovido jornadas de luta e protesto resolvemos entabular uma jornada de luta CICLICA – não no sentido de se repetir à de eterno, mas sim por ser levada a cabo em bicicleta…Adiante.
Demarcando-nos das anteriores acções no modo de estar, resolvemos efectuar um périplo pelos vários locais associados aqueles que são de facto os verdadeiros responsáveis pela crise, não deixando ninguém de fora, porque a culpa não morre sozinha!...
Ainda ponderámos confrontá-los com a visão apocalíptica da barriga desnuda do Quim, mas camaradas, como na última «manif» junto da assembleia umas senhoras resolveram mostrar os seios, já não seriamos originais e estas podiam muito bem intentar contra nós uma acção por plágio…muito grande.
Assim camaradas; companheiros de luta na jornada de tentar eliminar o imenso stock de cerveja detido pelos latifundiários da central de cervejas, resolvemos brindá-los com a nossa presença e da bandeira da régia pátria; obviamente de pernas para o ar como de resto a pátria se encontra. Para mais não se corre o risco do Presidente da República, e outros notáveis da nossa praça não reconhecerem a dita.
O itinerário foi o seguinte:
Palácio de Belém onde fomos agredidos verbalmente pela polícia, que nos perguntou se tínhamos coisas escritas na Bandeira!? O tipo não sabe que as bandeiras não são para escrever? Francamente…
Sede do PSD – partido no e sem poder - na Lapa onde os habitantes são “lapões”, e onde tivemos de lutar com o paralelo de granito estrategicamente colocado nas subidas que de Alcântara nos conduziram até lá, para bloquear as ciclo-manifestações em dias de chuva! Mas como sem sofrimento não há revolução, lá chegámos não sem antes nos travarmos de razões com uma lapona de smart que achava ser só dela as Ruas da Lapa…
Valha-nos São Bento, que estamos à porta da residência oficial no nosso 1º ministro (de Massamá) …
Agora o Parlamento, onde a guarda de honra esticou o pescoço para tentar perceber que faziam dois caramelos com um pano verde e vermelho ao fundo da escadaria…
Rato…onde nos manifestámos frente à sede desses ratos da política que tiraram a rolha ao furo económico português e o deixaram à deriva no mar de dívidas...
Rua da Escola Politécnica - Procuradoria-Geral da República!...Ainda não se percebe o que efetivamente procuram. Também pudera, veneram uma tipa cega com uma balança numa mão e uma espada na outra!…Isto é puro suicídio!...
Depois camaradas fomos ao Bairro de Santos junto da sede desses colossos da política portuguesa, que cometeram a proeza de nunca ter perdido uma eleição em Portugal e que também tratam toda a gente por camarada!...Mas não me recordo de os ter visto governar; bizarro. No entanto têm um painel de azulejos muito bonito na entrada da sede…
Av. Gago Coutinho, sede da UGT!...Nome peculiar união geral de trabalhadores!...Onde?...
Depois… charrility bay, perdão Rua da Palma, sede do BE, que apropriadamente é uma moradia rodeada de palmeiras, onde certamente poisam as araras do bloco que falam, falam, falam e não dizem nada…
Rua do Caldas – batalha naval. Infelizmente o jogo estava viciado; só podíamos jogar com submarinos!...
And Last, but not the less – Rua Victor Cordon (e mais paralelo molhadito a subir) rumo à grande central sindical a CGTP, que tem mais de 100% de filiados, a ver pelos balanços que fazem das greves por eles lideradas pois têm sempre 100% de adesão…
Camaradas, já no Cais do Sodré, sentados na esplanada, com um salgadinho para ensopar a mine, podemos fazer um balanço desta jornada de luta, onde a adesão dos manifestantes presentes foi de 100% (os ausentes ainda não nos foi possível apurar), tendo resultado numa estrondosa vitória das forças ciclo montadas sobre todos os politiqueiros apeados desta nossa pátria lusitana à beira mar plantada… adiante, lá regressámos ao ponto de partida para não gerar movimentos de protesto e jornadas de luta das nossas caras metades!...
Os nossos agradecimentos a um filho de Salamanca que trocou a sua terra depois de se reformar por Portugal onde assentou arraiais faz já 3 anos, para passar o tempo a desenhar os monumentos e locais típicos do cú da europa, e nos auxiliou na reportagem fotográfica.
