quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Raid Algés – Sobreira 18/10/09



8H00m – Chego ao ponto de encontro; o restaurante mexicano junto da praia de Algés, onde já estava reunida a restante comitiva. O J. Seabra, lá puxou do espumante para o brinde (já instituído) para quando se apresentam máquinas novas – no caso uma Rockrider 8.2, que muita tinta já fez correr durante a semana transacta. Após o brinde, e acossados por uma brisa muito fresquinha, demos inicio ao nosso raid, rumo ao parque das nações.



O percurso de nível, e o ar fresco da manhã convidou a um bom ritmo de pedalada, para o que contribuiu também o reduzido número de pessoas que estavam a usufruir dos espaços de lazer da beira-rio. Primeira paragem foi em Santa-Apolónia, não para ver passar os comboios, mas para tomar o revigorante cafezinho matinal.

9h30m – Segunda paragem junto do pilar da ponte Vasco da Gama para ingestão de suplementos energéticos e satisfação de necessidades fisiológicas, O J. Manços que aqui chegou branco como a cal da parede, teve que improvisar e transformar um canavial junto ao rio em WC, que segundo ele tinha uma vista magnífica?! Há! Já me esquecia, a média de andamento até este ponto foi de 21Km/h. Catita não!



9h45m – Partida para a segunda etapa, que nos levaria até ao “Humberto” no Tojal, uma tasca de beira de estrada com aspecto mais que duvidoso, mas onde se comem umas bifanas divinais. O Manços ficou “bravo”, quando percebeu que se expos em público (entre o canavial), quando tinha a 50m de distancia um WC público, logo no arranque da etapa. Esta já foi mais diversificada, existindo um troço em terra batida ao longo do rio Trancão que fez as delícias dos convivas, e onde por incrível que pareça se aumentou o ritmo para uns 21,4Km/h. Aqui os “montados” em Rockriders, aproveitaram a confusão gerada por algum tráfego em sentido contrário em zona estreita do trilho para fugirem aos restantes elementos specialized, e aguardarem no final do trilho para tentarem criar um clima de competição entre ambas as marcas, já exaltado durante a semana anterior.
Depois foi mais um picanço numa estrada pavimentada, sem tráfego, onde se atingiu os 45km/h com o Seabra a sair na frente, mostrando mais uma vez as capacidades da sua Rockraider 8.2 com menos peso que as restantes máquinas.
Lá chegámos ao tão afamado Humberto, onde um indígena de idade indefinida, conservado em vapores etílicos, e com aspecto de que água nem para o banho mas usando as calças no fundo do cu como é agora moda entre os teenagers, montava guarda à garbosa esplanada com mesas metálicas de ferro enferrujado cobertas por toalhas de oleado aos quadrados, em tom pardacento, sobre um telheiro de chapa ondulada pré-histórica.
Nada disto desanimou as hostes, que num piscar de olhos aviou uma magnifica e bem condimentada bifana, acompanhada pela bebida energética de eleição do team: a bela da MINE pois então!



10h30m – Partida para a “piéce de resistence” do percurso, que nos levaria até ao Cabeço de Montarchique. Aqui foi pedalar contra o declive que teimava em não diminuir de inclinação. Para variar o Seabra lá ia na cabeça da corrida a lutar contra si próprio, até que nos reunimos num ponto elevado do terreno para atacarmos em conjunto uma vertiginosa descida (bastante extensa por sinal), onde alarvemente se atingiu a velocidade de 69Km/h, facto registado no velocímetro do Seabra, muito embora eu ache que fui além desta marca, pois saí em último lugar e cheguei em 3º colado ao Manços. Obviamente o Seabra contesta e diz que não posso provar! Bem tenho que comprar um velocímetro – sem fios obviamente – para mostrar ao Seabra que não ando a brincar, e também que os velocímetros com fios são para os passeios de família, não para os Tours alarves que fazemos.



Depois foi uma subida dura, muito dura até Ribas de Baixo, mas feita por todos, seguindo-se o Tourmalet bebé do parque de Montachique, e um momento de repouso junto ao inicio da subida para o Cabeço propriamente dito.
Aqui foi o inferno, tendo o Seabra quebrado (o que o deixou ferido no orgulho) a escassos 10m do final da rampa (deve ter + de 15%), eu uns 20m baixo, e os outros elementos no inicio da rampa…Depois foi tempo das fotos de “família” junto do marco geodésico do topo do cabeço e admirar a paisagem que é fantástica.



Retomou-se a jornada por um trilho de terra batida, que se revelou demasiado técnico no inicio pois as pedras soltas eram de dimensões muito razoáveis, o que obrigou a por o pé no chão, para evitar que outras partes o fizessem também.
Depois foi rolar em direcção ao final da etapa, dando ainda direito a uma descida vertiginosa, mas mais contida, pela geometria da via, mas também por esta ter bastante movimento. O final da etapa aqueceu quando o Júlio resolveu bater o Quim ao sprint para não permitir que as Rockrider fizessem a dobradinha, fase eu que eu já só pensava no «franguinho com cerveja» que me esperava depois da última curva, que por sinal ia falhando, o que daria um acrobático tralho para a horta do vizinho, evitado por uma eficiente resposta dos meus V brakes…

Do Almoço, que se prolongou até ao lanche ajantarado que se seguiu, é assunto que não vou referir, pois a crónica semanal é sobre bikes e sus pilotos. Não posso no entanto deixar de referir que não houve furos ( o que não permitiu que o Seabra batesse o já seu recorde de 3 furos consecutivos), e provavelmente isso deve-se ao facto de termos levado 6 câmaras de ar suplentes! Dá que pensar…



Texto e fotos de João Santos

1 comentário:

  1. Valente!!!
    Ora aí está o documento que faltava na web!!!
    A aldeia global não voltará a ser a mesma; tenho mesmo esperança que fique um nadita pior...
    Estamos todos de parabéns mas, claro está, os auguri especiais vão todos para o homem que nos pôs a rolar em 2 rodas: O Grande e Incontornável Mineísta Joaquim Manços!!
    Toca a botar a informação!!!

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