No dia de São João Evangelista, nasceu o Seabra ... João Seabra, mui digno membro fundador deste nobre clube "Mine Bike Team" que aqui singelamente deixa o seu aplauso de parabéns ao JOTA.
Salamaleques à parte, um grande dia e que passes pelos anos sem que eles passem por tí, e não te esqueças de brindar com a bebida oficial do clube ... M I N E ... o espumante nacional (o melhor, se for bruto como nós) é apenas para estreia de máquinas de duas rodas.
Um abraço de todos...
Já agora... são 38, segundo consta!
domingo, 27 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
O NÚCLEO DE LINDA-A-VELHA
Amanheceu o domingo com um tom pardacento que anunciava chuva a qualquer momento. O vento soprava com alguma força, demonstrando que os vários “alertas amarelos” emitidos para outras tantas zonas do País não tinham sido em vão. Saí o portão da garagem com a desconfiança de que iria ser mais uma “volta” molhada.
Dirigi-me para Algés, meting point há muito predefinido para a maior parte dos raids semanais no Mine Bike Team. Enquanto descia do Alto de Stª. Catarina, avistava o mar encrespado da entrada da barra, com um tom algo indefinido, que se fundia com o céu, qual aguarela “esponjada” em tons de cinza.
Chegado ao Martinez, esse conhecido café da baixa de Algés, que penso ser famoso mais pelas vezes que é alagado no inverno (por se encontrar em leito de cheia), que propriamente pelos seus petiscos, que são em tudo semelhantes aos dos muitos estabelecimentos do género que por aí existem, constatei ser o primeiro a chegar. Mas rapidamente chegou o Manços, na sua bicla camuflada por uma bela película de lama seca do passeio anterior, que agora só com espátula é que a retira…
Logo fui informado que só o núcleo de Linda-a-Velha é que compareceu à chamada, e mesmo assim com a falha de um elemento que tem sérios problemas em sair da cama de manhã cedo.
Lá partimos, e como não existia predefinição para o percurso optámos pelo inesgotável Monsanto, onde conseguimos efectuar percursos diferentes todas as vezes que o abordamos. Desta feita rumámos até aos altos estudos militares, onde contornámos a academia e subimos até ao Restelo pelo bairro supostamente de classe baixa do Restelo (se é que isso existe), onde admirámos a arquitectura extremamente urbana e humanizada da rua das lojas e cafés por onde começámos a trepar até às torres do Restelo.
Aqui fizemos a complicada subida de brutal declive que nos leva até ao mercado do peixe e que o Manços disse (na última vez que por ali andámos) que eu evitava. Pois foi ponto de honra fazê-la (a subida bem entendido) e mostrar que a última vez tinha sido para desfrutar de outras alternativas ao trajecto.
Depois de discutida a hipótese de ficar no Mercado do Peixe para o almoço, seguimos caminho após constatar a “fina espessura das nossas carteiras”, passando junto á residência oficial do presidente da C.M. Lisboa, e atacando em seguida a Avenida Keill do Amaral, espaço pedonal e para velocípedes que liga com o Parque do Alvito, onde descobrimos existir um equipamento para lavagem de bicicletas tipo o Elefante Azul, mas com capacidade para um corcel de cada vez. O Manços ainda pensou parar, mas…como estava a ser utilizado, lá seguiu no meu encalço, rumo às rotundas que ladeiam a ponte sobre a A5, onde se daria o caso do dia.
Sabemos que existem muitos condutores que não sabem circular em estradas com ciclistas, mas efectivamente nunca estamos preparados para as reacções que têm. Ora estávamos a entrar na rotunda vindos do lado do Alvito, o que implica uma curva á direita que demos despreocupados, quando ouvimos um carro buzinar com alguma violência, e que no instante seguinte estava ao lado do Manços – o visado pela sua ira por estar a circular mais ao meio da faixa de rodagem – atirando-lhe o carro para cima para o entalar na berma! Esta demonstração de virilidade primária, que não sabemos se foi provocada pela mera ausência de massa cinzenta, ó porque queria impressionar a namorada que levava ao lado, despertou a solidariedade de mais três ciclistas que circulavam em sentido contrário, que o brindaram com alguns berros, assim como o meu mau feitio, pois parti atrás dele (assim como o Manços depois de readquirir espaço de manobra) a mandá-lo parar para lhe ensinar boas maneiras, eventualmente como se faz aos meninos mal comportados com umas “nalgadas” no “rabiosque”!
Enfadados com a não aplicação do “correctivo”, por mais uma vez o “caramelo” ser muito forte protegido pela sua carripana e empunhando o volante (não é o do Seabra com 56cm), mas largá-la para esgrimir argumentos é que era bom, lá decidimos descer a rua do restaurante panorâmico, em velocidade mais ó menos vertiginosa condicionada pelo tapete de caruma húmida, que transformava o piso em “mantequilha”, para contornar o parque da Serafina, e desafiar a subida até à penitenciária, o que se veio a revelar tarefa fácil muito embora cansativa – o raio da subida é grande como ó…enfim faz-se e ponto final. Depois rumámos até a um miradouro que existe do outro lado da descida para Pina Manique, onde apreciámos um SALTO para um trilho, que segundo o Manços é muito documentado no Youtube. Após hesitarmos descer um trilho sinuoso, estreito e barrento (acho que condicionados pela experiência da semana anterior no Trancão), transpusemos a diferença de cota entre o trilho principal e o mirador por escadas com a bicla pela mão e a pensar que o João Alves a faria montado e eventualmente de suspensão trancada…!
Este trilho foi a descoberta do dia, muito interessante, paralelo ao bairro da Boavista, mas situado a meia encosta, levou-nos a cruzar novamente a descida para Pina Manique, e rumar direitos ao clube de tiro, mas fomos parar a um portão fechado, que nos obrigou a voltar para trás e arrepiar caminho por um trilho estreito que tínhamos visto alguns metros atrás. Aqui foi lamaçal até dizer chega, em descidas complicadas com raízes de árvores e pedregulhos de dimensão considerável, tendo depois aterrado no trilho que nos levaria de volta ao parque de merendas de Pina Manique.
Contornámos a Embaixada do México e, Epa! Epa! Arriba! Andalhe! Lá fomos para a ciclo via mais poluída da Europa, que baptizámos na hora de Ciclo Via CO2, e percorremos em ritmo muito elevado mesmo tendo que contornar alguns separadores de betão que a invadiram após tentativa de alguém querer entrar com o carro na ciclo via.
Chegados ao Bairro da Liberdade (não sei para quem!), e porque tínhamos combinado visitar o Seabra na Memória (também não sei de quem!), que se encontrava estoicamente agarrado ao computador a burilar mais um projecto para ser entregue “ontem”, e deva-se dizer “roidinho” por ter saído de casa às oito da matina com o portátil por parceiro, em vez da sua fiel Rockrider para nos acompanhar no giro, e assim honrarmos o patrocínio.
Optámos por nos fazermos à Avenida de Ceuta para lá chegar, que por si só não é problema, o problema foi passar por baixo do Aqueduto das Águas Livres, e transpor o nó de saída para a Ponte e para a A5, operação algo kamikaze. Depois foi a Junqueira, com aqueles pinos amarelos que não deixam espaço para ultrapassar e punha os condutores a “bufar” atrás de nós, ultrapassando-nos com alguma agressividade onde a faixa era mais larga, já para não falar da gincana das tampas de esgoto e grelhas de drenagem pluvial que coexistem a cotas diferenciadas.
Depois foi a subida da Calçada da Ajuda, a terminar com um passo de bailado do Manços, para se equilibrar na bicicleta e não se estatelar no chão; o encontro com o Seabra na Memória, as Mines e o regresso a Linda-a-Velha via Miraflores, onde a subida para o burgo é longa.
Tudo somado foram 673m de subida acumulada e trinta e poucos quilómetros efectuados, como se pode comprovar em:
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=dfclkoczejzgeygh
“Pá” semana há mais! Ou não!...
Dirigi-me para Algés, meting point há muito predefinido para a maior parte dos raids semanais no Mine Bike Team. Enquanto descia do Alto de Stª. Catarina, avistava o mar encrespado da entrada da barra, com um tom algo indefinido, que se fundia com o céu, qual aguarela “esponjada” em tons de cinza.
Chegado ao Martinez, esse conhecido café da baixa de Algés, que penso ser famoso mais pelas vezes que é alagado no inverno (por se encontrar em leito de cheia), que propriamente pelos seus petiscos, que são em tudo semelhantes aos dos muitos estabelecimentos do género que por aí existem, constatei ser o primeiro a chegar. Mas rapidamente chegou o Manços, na sua bicla camuflada por uma bela película de lama seca do passeio anterior, que agora só com espátula é que a retira…
Logo fui informado que só o núcleo de Linda-a-Velha é que compareceu à chamada, e mesmo assim com a falha de um elemento que tem sérios problemas em sair da cama de manhã cedo.
Lá partimos, e como não existia predefinição para o percurso optámos pelo inesgotável Monsanto, onde conseguimos efectuar percursos diferentes todas as vezes que o abordamos. Desta feita rumámos até aos altos estudos militares, onde contornámos a academia e subimos até ao Restelo pelo bairro supostamente de classe baixa do Restelo (se é que isso existe), onde admirámos a arquitectura extremamente urbana e humanizada da rua das lojas e cafés por onde começámos a trepar até às torres do Restelo.
Aqui fizemos a complicada subida de brutal declive que nos leva até ao mercado do peixe e que o Manços disse (na última vez que por ali andámos) que eu evitava. Pois foi ponto de honra fazê-la (a subida bem entendido) e mostrar que a última vez tinha sido para desfrutar de outras alternativas ao trajecto.
Depois de discutida a hipótese de ficar no Mercado do Peixe para o almoço, seguimos caminho após constatar a “fina espessura das nossas carteiras”, passando junto á residência oficial do presidente da C.M. Lisboa, e atacando em seguida a Avenida Keill do Amaral, espaço pedonal e para velocípedes que liga com o Parque do Alvito, onde descobrimos existir um equipamento para lavagem de bicicletas tipo o Elefante Azul, mas com capacidade para um corcel de cada vez. O Manços ainda pensou parar, mas…como estava a ser utilizado, lá seguiu no meu encalço, rumo às rotundas que ladeiam a ponte sobre a A5, onde se daria o caso do dia.
Sabemos que existem muitos condutores que não sabem circular em estradas com ciclistas, mas efectivamente nunca estamos preparados para as reacções que têm. Ora estávamos a entrar na rotunda vindos do lado do Alvito, o que implica uma curva á direita que demos despreocupados, quando ouvimos um carro buzinar com alguma violência, e que no instante seguinte estava ao lado do Manços – o visado pela sua ira por estar a circular mais ao meio da faixa de rodagem – atirando-lhe o carro para cima para o entalar na berma! Esta demonstração de virilidade primária, que não sabemos se foi provocada pela mera ausência de massa cinzenta, ó porque queria impressionar a namorada que levava ao lado, despertou a solidariedade de mais três ciclistas que circulavam em sentido contrário, que o brindaram com alguns berros, assim como o meu mau feitio, pois parti atrás dele (assim como o Manços depois de readquirir espaço de manobra) a mandá-lo parar para lhe ensinar boas maneiras, eventualmente como se faz aos meninos mal comportados com umas “nalgadas” no “rabiosque”!
Enfadados com a não aplicação do “correctivo”, por mais uma vez o “caramelo” ser muito forte protegido pela sua carripana e empunhando o volante (não é o do Seabra com 56cm), mas largá-la para esgrimir argumentos é que era bom, lá decidimos descer a rua do restaurante panorâmico, em velocidade mais ó menos vertiginosa condicionada pelo tapete de caruma húmida, que transformava o piso em “mantequilha”, para contornar o parque da Serafina, e desafiar a subida até à penitenciária, o que se veio a revelar tarefa fácil muito embora cansativa – o raio da subida é grande como ó…enfim faz-se e ponto final. Depois rumámos até a um miradouro que existe do outro lado da descida para Pina Manique, onde apreciámos um SALTO para um trilho, que segundo o Manços é muito documentado no Youtube. Após hesitarmos descer um trilho sinuoso, estreito e barrento (acho que condicionados pela experiência da semana anterior no Trancão), transpusemos a diferença de cota entre o trilho principal e o mirador por escadas com a bicla pela mão e a pensar que o João Alves a faria montado e eventualmente de suspensão trancada…!
Este trilho foi a descoberta do dia, muito interessante, paralelo ao bairro da Boavista, mas situado a meia encosta, levou-nos a cruzar novamente a descida para Pina Manique, e rumar direitos ao clube de tiro, mas fomos parar a um portão fechado, que nos obrigou a voltar para trás e arrepiar caminho por um trilho estreito que tínhamos visto alguns metros atrás. Aqui foi lamaçal até dizer chega, em descidas complicadas com raízes de árvores e pedregulhos de dimensão considerável, tendo depois aterrado no trilho que nos levaria de volta ao parque de merendas de Pina Manique.
Contornámos a Embaixada do México e, Epa! Epa! Arriba! Andalhe! Lá fomos para a ciclo via mais poluída da Europa, que baptizámos na hora de Ciclo Via CO2, e percorremos em ritmo muito elevado mesmo tendo que contornar alguns separadores de betão que a invadiram após tentativa de alguém querer entrar com o carro na ciclo via.
Chegados ao Bairro da Liberdade (não sei para quem!), e porque tínhamos combinado visitar o Seabra na Memória (também não sei de quem!), que se encontrava estoicamente agarrado ao computador a burilar mais um projecto para ser entregue “ontem”, e deva-se dizer “roidinho” por ter saído de casa às oito da matina com o portátil por parceiro, em vez da sua fiel Rockrider para nos acompanhar no giro, e assim honrarmos o patrocínio.
Optámos por nos fazermos à Avenida de Ceuta para lá chegar, que por si só não é problema, o problema foi passar por baixo do Aqueduto das Águas Livres, e transpor o nó de saída para a Ponte e para a A5, operação algo kamikaze. Depois foi a Junqueira, com aqueles pinos amarelos que não deixam espaço para ultrapassar e punha os condutores a “bufar” atrás de nós, ultrapassando-nos com alguma agressividade onde a faixa era mais larga, já para não falar da gincana das tampas de esgoto e grelhas de drenagem pluvial que coexistem a cotas diferenciadas.
Depois foi a subida da Calçada da Ajuda, a terminar com um passo de bailado do Manços, para se equilibrar na bicicleta e não se estatelar no chão; o encontro com o Seabra na Memória, as Mines e o regresso a Linda-a-Velha via Miraflores, onde a subida para o burgo é longa.
Tudo somado foram 673m de subida acumulada e trinta e poucos quilómetros efectuados, como se pode comprovar em:
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=dfclkoczejzgeygh
“Pá” semana há mais! Ou não!...
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
[o entulho da semana] eu quero uma fatiota igual
Caríssimos amigos e seguidores:
reúnam-se, organizem-se, cotizem-se, juntem-se no shopping ou seja lá o que conseguirem mas, por favor, ofereçam-me um fato como este no natal!!!!!!
http://www.gamaniak.com/video/3625
reúnam-se, organizem-se, cotizem-se, juntem-se no shopping ou seja lá o que conseguirem mas, por favor, ofereçam-me um fato como este no natal!!!!!!
http://www.gamaniak.com/video/3625
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Humberto's Mud Tour
Sou acordado pelo tamborilamento de hidro-meteoritos nas persianas do meu quarto. Tento manter-me em estado adormecido mas o constante sibilar do vento lá fora faz-me voltar na tarimba ficando de fronte para o maldito Sony de cabeceira que ditava 5:15. Assolou-me um pensamento, “quando os despertadores dos restantes Mineistas cumprirem a sua função devo ir receber sms a dar conta de algumas desistências”.
Ás 7:30h lá tocou o grilo. Tínhamos combinado às 8:30h junto ao restaurante mexicano na Praia de Algés. Não havia tempo para preguiças e resisti a olhar lá para fora, não fossem maus pensamentos tomarem conta de mim.
Até ao momento não havia noticias de desistências!
Peguei na trouxa, tirei a bicicleta da garagem, uns pingos de gordura na corrente, carreguei no comando do portão e …
Estavam uns 5ºC, chovia bem e com companhia do vento. O Humberto’s Tour prometia!
Cinco minutos antes da hora marcada lá cheguei à paradisíaca Praia de Algés. Como as condições climatéricas estavam rudes, decidi não parar enquanto esperava pelos restantes loucos. Á hora marcada chegaram os “Joões”, Seabra e Santos respectivamente, o Seabra com a notícia que provavelmente seriamos acompanhados por uma novel Cannondale Caffeine propriedade do profissional João Alves, que, segundo o próprio, se juntaria a nós para início de pré-época.
Arrancámos em direcção a Santa Apolónia onde se juntaria a nós o grande Zé… Zé Julio. Ciclovia fora, desta feita sem plebeus pelo meio que o tempo não estava para passeios, seguimos sem percalços até à primeira barreira. Uma máquina de limpeza da CML na zona das esplanadas da doca de Santo Amaro. O Seabra continua, graças ao seu novo volante tipo guiador de cinquenta e poucos centímetros a coleccionar ultrapassagens. Depois do Mercedão em Sintra, agora a viatura de limpeza de ruas da CML.
Antes da chegada ao Cais do Sodré, eis que se junta a nós o aguardado Julio que entretanto tinha iniciado o percurso em sentido inverso até nos encontrar, pois o dia não estava para paragens alargadas.
Próxima paragem Santa Apolónia, para café e contacto com espécimens locais. Aproveitou-se a paragem para a troca de impressões técnicas sobre as máquinas, onde o João Alves pôde, para pânico do Seabra, comprovar a rigidez do quadro da Rockrider 8.2. Aprovado diga-se de passagem.
Ala que se faz tarde e o caminho faz-se para oriente.
Na companhia do sexto elemento que não mais nos largaria, o vento, avançámos pela Rua de Cintura do Porto de Lisboa que se encontra em obras. A conjugação destes dois elementos começou a quebrar o pelotão, e as mangueiras rígidas que atravessavam um ponto do percurso quase me quebravam a mim, é que na tentativa de transposição das mesmas a minha roda dianteira passou mas a traseira resvalou nas mangueiras molhadas e o apoio mais próximo foi o chão! Ainda se comentava o sucedido com algumas gargalhadas à mistura quando o João Seabra numa demonstração técnica de como se dominava uma bicicleta em piso molhado transpôs habilmente um carril de comboio na diagonal indo parar ao amparo de todas as quedas, o chão, com a ajuda do lancil para não ir mais longe. Estavam abertas as hostilidades e os outros elementos roíam-se de inveja de nós.
Já em terrenos da Parque Expo a avaria do dia. Furo na minha RockRider.
Aqui, vai o meu agradecimento especial para o ausente na Índia, Luis Barata.
Como relatado anteriormente com direito a vídeo e tudo, o Luis tinha furado na descida da Prisão de Caxias. Como pessoa previdente que é, não tinha levado câmara-de-ar suplente, tendo eu cedido a minha para ele não ficar apeado, como manda o espírito velocipédico. Ora na próxima oportunidade o Luis fez questão de me dar uma câmara-de-ar por troca pela que eu lhe tinha cedido. Recusei mas ele insistiu e acabei por aceitar. Ora neste domingo foi a minha vez de furar, mas ia prevenido com a câmara-de-ar que o Luis gentilmente me tinha cedido. Feita a substituição o pneu teimava em não encher. Desmontada novamente e análise feita à câmara-de-ar, apresentava um buraco com cerca de 3mm de diâmetro idêntico ao que tinha visto aquando do furo do Luis. Pois!
Luis, espero sinceramente que na tua viagem à Índia não encontres ursos ou lenhadores, para que a tua vida não dê um filme indiano!
De salientar ainda o pneu da Cannondale que tinha uma “mama” que teimava em crescer, mas o Alves não se importava porque “era capaz de aguentar”!
Problemas técnicos resolvidos, sendo desta vez eu o beneficiário de uma câmara emprestada, seguimos rumo à foz do Trancão.
Decididamente o grupo não estava para brincadeiras, e o João Alves fez questão de o provar no seu início de época mandando um tralho monumental quando repentinamente quis mudar de direcção sobre o pavimento de madeira que corre elevado acima da margem do Tejo. Lesão ligeira com dois ligeiros cortes na perna e cabeçada no chão, dando razão à utilização de capacete. Tudo recomposto e siga para Sacavém.
Aqui abandonávamos o “piso bom” para entrar no verdadeiro BTT.
Salvador Caetano para traz e o piso começava a tornar-se encharcado. Por entre bostas de cavalo e poças de água, lá íamos ziguezagueando, não me parecendo que se conseguisse aumentar a velocidade média, objectivo a que nos propúnhamos. Mais à frente o pavimento tornou-se argiloso e como há muitas horas que chovia, tornara-se gelatinoso. O equilíbrio muito difícil. Não havia grande problema, pois o nosso “sólido” pavimento de 0,80m de largura era ladeado por dois taludes de 2 metros de altura. O da direita terminava, com silvas pelo meio, no Rio Trancão, o da esquerda com as mesmas características botânicas, culminava no que eu deduzo ser um canal de rega com água imprópria para consumo. O barro saltava de todo o lado e para todo o lado. O Seabra num assombro de técnica de condução em condições adversas, chegou à conclusão que se baixasse o selim com 15 anos, conseguiria ter um maior controlo da bicicleta. Todos ficámos elucidados e ninguém o contrariou, mas também ninguém seguiu o conselho. Nesse instante este João recebe um telefonema do outro João, o Santos a dizer que o Julio tinha abandonado a montada e feito “rapel” talude abaixo. Entretanto chega o Julio e conta que o Santos estava a tentar escalar o talude mas que a encosta escorregadia lhe dificultava a tarefa. Resumindo, todos nós fomos à lama várias vezes. A partir daqui ficou decidido que o regresso seria pela margem direita, em piso de asfalto.
Ás 7:30h lá tocou o grilo. Tínhamos combinado às 8:30h junto ao restaurante mexicano na Praia de Algés. Não havia tempo para preguiças e resisti a olhar lá para fora, não fossem maus pensamentos tomarem conta de mim.
Até ao momento não havia noticias de desistências!
Peguei na trouxa, tirei a bicicleta da garagem, uns pingos de gordura na corrente, carreguei no comando do portão e …
Estavam uns 5ºC, chovia bem e com companhia do vento. O Humberto’s Tour prometia!
Cinco minutos antes da hora marcada lá cheguei à paradisíaca Praia de Algés. Como as condições climatéricas estavam rudes, decidi não parar enquanto esperava pelos restantes loucos. Á hora marcada chegaram os “Joões”, Seabra e Santos respectivamente, o Seabra com a notícia que provavelmente seriamos acompanhados por uma novel Cannondale Caffeine propriedade do profissional João Alves, que, segundo o próprio, se juntaria a nós para início de pré-época.
Arrancámos em direcção a Santa Apolónia onde se juntaria a nós o grande Zé… Zé Julio. Ciclovia fora, desta feita sem plebeus pelo meio que o tempo não estava para passeios, seguimos sem percalços até à primeira barreira. Uma máquina de limpeza da CML na zona das esplanadas da doca de Santo Amaro. O Seabra continua, graças ao seu novo volante tipo guiador de cinquenta e poucos centímetros a coleccionar ultrapassagens. Depois do Mercedão em Sintra, agora a viatura de limpeza de ruas da CML.
Antes da chegada ao Cais do Sodré, eis que se junta a nós o aguardado Julio que entretanto tinha iniciado o percurso em sentido inverso até nos encontrar, pois o dia não estava para paragens alargadas.
Próxima paragem Santa Apolónia, para café e contacto com espécimens locais. Aproveitou-se a paragem para a troca de impressões técnicas sobre as máquinas, onde o João Alves pôde, para pânico do Seabra, comprovar a rigidez do quadro da Rockrider 8.2. Aprovado diga-se de passagem.
Ala que se faz tarde e o caminho faz-se para oriente.
Na companhia do sexto elemento que não mais nos largaria, o vento, avançámos pela Rua de Cintura do Porto de Lisboa que se encontra em obras. A conjugação destes dois elementos começou a quebrar o pelotão, e as mangueiras rígidas que atravessavam um ponto do percurso quase me quebravam a mim, é que na tentativa de transposição das mesmas a minha roda dianteira passou mas a traseira resvalou nas mangueiras molhadas e o apoio mais próximo foi o chão! Ainda se comentava o sucedido com algumas gargalhadas à mistura quando o João Seabra numa demonstração técnica de como se dominava uma bicicleta em piso molhado transpôs habilmente um carril de comboio na diagonal indo parar ao amparo de todas as quedas, o chão, com a ajuda do lancil para não ir mais longe. Estavam abertas as hostilidades e os outros elementos roíam-se de inveja de nós.
Já em terrenos da Parque Expo a avaria do dia. Furo na minha RockRider.
Aqui, vai o meu agradecimento especial para o ausente na Índia, Luis Barata.
Como relatado anteriormente com direito a vídeo e tudo, o Luis tinha furado na descida da Prisão de Caxias. Como pessoa previdente que é, não tinha levado câmara-de-ar suplente, tendo eu cedido a minha para ele não ficar apeado, como manda o espírito velocipédico. Ora na próxima oportunidade o Luis fez questão de me dar uma câmara-de-ar por troca pela que eu lhe tinha cedido. Recusei mas ele insistiu e acabei por aceitar. Ora neste domingo foi a minha vez de furar, mas ia prevenido com a câmara-de-ar que o Luis gentilmente me tinha cedido. Feita a substituição o pneu teimava em não encher. Desmontada novamente e análise feita à câmara-de-ar, apresentava um buraco com cerca de 3mm de diâmetro idêntico ao que tinha visto aquando do furo do Luis. Pois!
Luis, espero sinceramente que na tua viagem à Índia não encontres ursos ou lenhadores, para que a tua vida não dê um filme indiano!
De salientar ainda o pneu da Cannondale que tinha uma “mama” que teimava em crescer, mas o Alves não se importava porque “era capaz de aguentar”!
Problemas técnicos resolvidos, sendo desta vez eu o beneficiário de uma câmara emprestada, seguimos rumo à foz do Trancão.
Decididamente o grupo não estava para brincadeiras, e o João Alves fez questão de o provar no seu início de época mandando um tralho monumental quando repentinamente quis mudar de direcção sobre o pavimento de madeira que corre elevado acima da margem do Tejo. Lesão ligeira com dois ligeiros cortes na perna e cabeçada no chão, dando razão à utilização de capacete. Tudo recomposto e siga para Sacavém.
Aqui abandonávamos o “piso bom” para entrar no verdadeiro BTT.
Salvador Caetano para traz e o piso começava a tornar-se encharcado. Por entre bostas de cavalo e poças de água, lá íamos ziguezagueando, não me parecendo que se conseguisse aumentar a velocidade média, objectivo a que nos propúnhamos. Mais à frente o pavimento tornou-se argiloso e como há muitas horas que chovia, tornara-se gelatinoso. O equilíbrio muito difícil. Não havia grande problema, pois o nosso “sólido” pavimento de 0,80m de largura era ladeado por dois taludes de 2 metros de altura. O da direita terminava, com silvas pelo meio, no Rio Trancão, o da esquerda com as mesmas características botânicas, culminava no que eu deduzo ser um canal de rega com água imprópria para consumo. O barro saltava de todo o lado e para todo o lado. O Seabra num assombro de técnica de condução em condições adversas, chegou à conclusão que se baixasse o selim com 15 anos, conseguiria ter um maior controlo da bicicleta. Todos ficámos elucidados e ninguém o contrariou, mas também ninguém seguiu o conselho. Nesse instante este João recebe um telefonema do outro João, o Santos a dizer que o Julio tinha abandonado a montada e feito “rapel” talude abaixo. Entretanto chega o Julio e conta que o Santos estava a tentar escalar o talude mas que a encosta escorregadia lhe dificultava a tarefa. Resumindo, todos nós fomos à lama várias vezes. A partir daqui ficou decidido que o regresso seria pela margem direita, em piso de asfalto.
Até Santo Antão do Tojal não houve mais percalços e chegámos ao tão ansiado Humberto, que nos brindou com uma calorosa recepção, com já vem sendo hábito. Mine e bifana para todos que os trinta e tal quilómetros já percorridos já se faziam sentir no estômago.
João Alves e Zé Julio aproveitam para se descalçar e tentar aquecer os pés encharcados, recorrendo a sacos de plástico gentilmente cedidos pelo Humberto, que por momentos ficou baralhado com a solução mas logo se lembrou que chegou a pôr plásticos no peito para aquecer quando andava à chuva. Mas o Grande Humberto não só disponibilizou os requisitados plásticos como atirou para a mesa, cinco belos pares de peúgas de cor preta vindos do seu guarda-roupa. Pretas, pois o Humberto não é gajo para usar meia branca com raquetes.
Conta paga e seguimos viagem. Agora com piso à maneira, e umas subidas de primeira categoria pelo interior de Unhos, com a população a admirar-nos de queixo caído junto das portas das belas residências que por ali existem.
O caminho de regresso não tem grande história, a menos que….
Já na Expo junto aos afamados vulcões de água, o João Alves decidiu novamente meter-se com os pavimentos de madeira. Adivinhem quem ganhou?
Claro o pavimento de madeira que ele fez questão de abraçar veementemente.
Agora sim com a teimosa companhia do aliado vento lá fomos palmilhando quilómetros. Despedimo-nos do Julio em Santa Apolónia, do Seabra em Belém, do Alves em Algés, e eu do Santos em Santa Catarina.
E lá chegámos todos a bom porto com o peso da lama às costas, sendo que alguns ainda passaram pelo Elefante Azul para um banho de alta pressão.
Contas feitas, foram 75Kms com uma média aproximada de 20kms/h com diversão à farta.
Espero que tenha sido uma boa pré-época para o João Alves que nos deu o agrado da sua sábia companhia nesta aventura.
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=dxfhusazubpxdmoa
Prá semana há mais!
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