sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Magoito Tour


À chegada a Sintra, era o sentimento de satisfação que reinava. Num “reino” bicéfalo, pois por motivos mais ou menos válidos, que iam desde a infecção das vias respiratórias à ausência por deslocação no país ou estrangeiro, avaria no sistema de mudanças a sabe-se lá o quê! O que foi e continuará a ser verdade é que apenas eu e o Seabra chegámos ao destino, ou seja não houve desistências pelo caminho, partimos dois e chegámos dois.

Chegar a Sintra com uma média de 16,5Km/h foi tarefa só possível a atletas mais experientes, pois os 869m de subida acumulada numa extensão de 44Kms não são pêra doce!

Mas para chegar a Sintra, houve um longo caminho a percorrer.

Como é sabido, nas partidas do centro desta museológica vila o aquecimento é feito na estrada com subidas que em automóvel são feitas em rotoras, o que traduzindo para ciclismo normalmente se apelida “cú fora do selim”!
Depois do aquecimento, a descida do dia. Entre muros com musgo, quedas de água, arcos em pedra, palacetes com muitos Áis e outras maravilhas identificadas pela UNESCO, chegámos a Colares, ou Collares como ainda se vê em algumas placas. Meia hora depois da partida estávamos nesta vinícola vila com uma média de 25Kms/h.
Próxima paragem: Praia das Maçãs.


Paralelos à linha do eléctrico lá chegámos à estancia balnear Sintrense onde o mar se avistava deslumbrante.
A partir daqui acabou a passeata. Agora aquecimento feito, era chegada a hora de começar o exercício. Toca a somar metros de acumulado.
Azenha do Mar, o sempre surpreendente postal ilustrado, que me leva a pensar que somos uns sortudos em o poder desfrutar ao vivo.
Daqui para Fontanelas, onde entrámos por estradões em direcção ao mar. Aqui a grande revelação. A aproximação à Praia do Magoito é …. no mínimo indescritível! Uma descida alucinante com aproximadamente 20% de inclinação conflui no areal junto à falésia da praia.


Dos pescadores, passando pelo bem sucedido passeador de cão até aos dois brutos betetistas que a partir daí, da cota zero, teriam que subir que nem uns mentecaptos, não faltava nada para enquadrar o esplêndido mar que nos recebera. Na realidade daqui até Nafarros foi sempre a subir, sendo que a saída da Praia do Magoito é algo dolorosa ….. para malta inexperiente claro está! Depois são muitos quilómetros com leve pendente ascendente até Nafarros, onde se começa a descer com velocidades muito jeitosas por estrada muito sinuosa ladeada por casas típicas da zona. Aí se pode admirar a convivência de especimens da região com o seu imponente buço e Tias donas de lojas de decoração bem sucedidas sitas em Cascais e Sintra a sair da Patisserie Saloia da zona com a “Caras” num sovaco e a “Holla!” no outro! Com este quadro se chega novamente a Collares onde se faz a pausa do dia. Claro está na Patisserie, a Adega de Collares está fechada ao Domingo. Com o olhar atónito dos presentes perante dois rapazolas com idades para ter juízo de calções e capacete debaixo do braço: “ Bom dia, são duas mines prá esplanada faz favor!”.
A tertúlia do dia aqui se deu na companhia de uns belos patos bravos, dos verdadeiros, daqueles com penas verdes na cabeça, que nadavam alegremente no ribeiro que corre ali ao lado.
Daqui, e já com a certeza de que este passeio será para repetir com o grupo mais compostinho, seguimos para a ultima hercúlea subida. De Collares para Sintra pela estrada que nos tinha descido. Desta feita o esforço era inverso e a subida excitante, dura e longa.
Com a entrada em Sintra foi o descomprimir, enquanto o João aproveitava para descer as Escadinhas Félix Nunes com alguns saltos equilibradamente desequilibrados, eu furava “com licença, obrigado”, por entre um grupo de 300 escuteiros mirins que descia a Rua das Padarias.

Assim se fez mais este “passeio” que sem dúvida será para repetir numa próxima oportunidade.

GPSies - Sintra - Magoito - Sintra

4 comentários:

  1. Não me digas que mandas-te os "seguranças" receber a providência cautelar, para poderes carregar na tecla e deixar a crónica on-line!
    Quando é que se vai repetir o passeio?

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  2. ....eventualmente o mais completo tour ao nível das características de terreno realizado até hoje pelo MBT. Quanto à paisagem....nem é preciso dizer nada!
    Pena foi que, à partida, o grupo tivesse bastante incompleto!
    A repetir! E com todos, como o bacalhau!

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  3. Como noutras situações em que se fala de providencia cautelar, existirá certamente uma segunda edição....

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  4. E como nestes casos espera-se que a egunda edição seja revista e mais completa!...

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